Vigilância Sanitária orienta compra de carnes para a ceia de Natal
Secretaria de Governança
Com o fim de ano e o período de festas, a
Secretaria da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, da Prefeitura de São
José dos Campos, alerta os consumidores sobre alguns cuidados especiais na hora
de escolher e consumir produtos típicos das ceias desta época, principalmente
as carnes.
Uma dica é evitar o consumo de carne de procedência duvidosa. O que ocorre com muita frequência com a carne de porco, uma das mais tradicionais no fim de ano.
Segundo a técnica da Vigilância Sanitária
Juliana Martins, o porco que não recebe o cuidado adequado em sua criação,
abate e armazenamento, pode oferecer sério risco à saúde, pois a carne pode estar
contaminada com as fezes e conter vermes causadores de doenças como a teníase
(solitária), cisticercose (bicho do porco) e gastroenterites (diarreia).
Para evitar esses problemas, uma das
soluções é verificar na embalagem o carimbo do Serviço de Inspeção Federal
(SIF) ou do Serviço de Inspeção do Estado de São Paulo (SISP), que é a garantia
de que o animal passou pelo Programa de Rastreabilidade. O programa acompanha o
animal desde o nascimento até a venda no comércio, verificando a alimentação, o
ambiente em que foi criado e a vacinação.
Na hora da compra, é preciso estar atento
com a embalagem do produto, que não pode estar danificada, exposto sem
refrigeração, nem com a data de validade vencida.
Outro cuidado é, no caso de compras em
supermercados, deixar a carne como último produto a ser colocado no carrinho,
para que fique o menor tempo possível fora da refrigeração.
Além disso, muita atenção ao preparo. “É
necessário que a carne seja cozida primeiramente, para que depois seja frita ou
assada. O vinagre e o limão não são suficientes para eliminar o risco de
contaminação”, explica Juliana.
Cuidados com outros alimentos
Além da carne, outros produtos da ceia de
natal exigem atenção na hora da compra e do preparo para evitar danos à saúde.
Um exemplo é a maionese. Segundo os técnicos da Vigilância Sanitária, o ideal é
evitar maionese caseira. O frango desfiado também não é bem visto. “Produtos
muito manipulados, como o frango desfiado, usado no salpicão, convém evitar.
Principalmente se você não sabe como foi preparado”, orienta.
A maionese caseira, por conter mais gordura
e ovos do que a industrializada, é mais saborosa. Porém, há grande risco de
contaminação, pois os ovos são acrescentados sem cozimento à mistura.
Os ovos crus ou mal preparados se
transformam em uma grande fonte de contaminação por meio da bactéria conhecida
como Salmonela, que causa a salmonelose, uma infecção intestinal.
Por último, na hora de servir a ceia para a
família, a dica é sempre colocar pouca quantidade à mesa, e ir repondo aos
poucos para que os alimentos não se deteriorem.
De olho na qualidade
Carne bovina: a cor natural é
vermelho-clara. Caso apresente partes escurecidas ou secas, que são
características de carne deteriorada, não compre.
Carne de porco: não adquira se
notar pequenas bolinhas brancas, conhecidas popularmente como “canjica”. Esses
focos denunciam a presença de um parasita chamado “solitária”. Não é
recomendado, em nenhuma hipótese, comer carne de porco mal passada.
Peixes: preste sempre atenção na aparência
e no cheiro. A carne deve ser firme e resistente à pressão dos dedos, os olhos
brilhantes e salientes, guelras vermelhas, escamas bem aderidas à pele, que
deverá ser úmida e sem viscosidade.
Aves: a carne deve ser firme, com coloração
amarelo-pálida, brilho e cheiro suave. Manchas esverdeadas, azuladas e mau
cheiro indicam processo de deterioração.
Embutidos: linguiças, salsichas, mortadela,
presunto, salsichão, entre outros, não devem conter líquido na embalagem.
Manchas esverdeadas ou produto solto dentro do pacote indicam que houve entrada
de ar e, por esta razão, o produto pode estar estragado.
Denuncie
Durante todo o ano, a Vigilância Sanitária
realiza fiscalizações de rotina em supermercados e açougues para verificar se
as carnes estão sendo comercializadas adequadamente. As denúncias podem ser
feitas pelo telefone 156.