Vigilância Sanitária orienta compra de carnes para a ceia de Natal
21/12/2015

Secretaria de Governança

Com o fim de ano e o período de festas, a Secretaria da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, da Prefeitura de São José dos Campos, alerta os consumidores sobre alguns cuidados especiais na hora de escolher e consumir produtos típicos das ceias desta época, principalmente as carnes.

 Uma dica é evitar o consumo de carne de procedência duvidosa. O que ocorre com muita frequência com a carne de porco, uma das mais tradicionais no fim de ano.

 Segundo a técnica da Vigilância Sanitária Juliana Martins, o porco que não recebe o cuidado adequado em sua criação, abate e armazenamento, pode oferecer sério risco à saúde, pois a carne pode estar contaminada com as fezes e conter vermes causadores de doenças como a teníase (solitária), cisticercose (bicho do porco) e gastroenterites (diarreia).

 Para evitar esses problemas, uma das soluções é verificar na embalagem o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou do Serviço de Inspeção do Estado de São Paulo (SISP), que é a garantia de que o animal passou pelo Programa de Rastreabilidade. O programa acompanha o animal desde o nascimento até a venda no comércio, verificando a alimentação, o ambiente em que foi criado e a vacinação.

 Na hora da compra, é preciso estar atento com a embalagem do produto, que não pode estar danificada, exposto sem refrigeração, nem com a data de validade vencida.

 Outro cuidado é, no caso de compras em supermercados, deixar a carne como último produto a ser colocado no carrinho, para que fique o menor tempo possível fora da refrigeração.

 Além disso, muita atenção ao preparo. “É necessário que a carne seja cozida primeiramente, para que depois seja frita ou assada. O vinagre e o limão não são suficientes para eliminar o risco de contaminação”, explica Juliana.

 Cuidados com outros alimentos

 Além da carne, outros produtos da ceia de natal exigem atenção na hora da compra e do preparo para evitar danos à saúde. Um exemplo é a maionese. Segundo os técnicos da Vigilância Sanitária, o ideal é evitar maionese caseira. O frango desfiado também não é bem visto. “Produtos muito manipulados, como o frango desfiado, usado no salpicão, convém evitar. Principalmente se você não sabe como foi preparado”, orienta.

 A maionese caseira, por conter mais gordura e ovos do que a industrializada, é mais saborosa. Porém, há grande risco de contaminação, pois os ovos são acrescentados sem cozimento à mistura.

 Os ovos crus ou mal preparados se transformam em uma grande fonte de contaminação por meio da bactéria conhecida como Salmonela, que causa a salmonelose, uma infecção intestinal.

 Por último, na hora de servir a ceia para a família, a dica é sempre colocar pouca quantidade à mesa, e ir repondo aos poucos para que os alimentos não se deteriorem.

 
De olho na qualidade

 Carne bovina: a cor natural é vermelho-clara. Caso apresente partes escurecidas ou secas, que são características de carne deteriorada, não compre.

 Carne de porco: não adquira se notar pequenas bolinhas brancas, conhecidas popularmente como “canjica”. Esses focos denunciam a presença de um parasita chamado “solitária”. Não é recomendado, em nenhuma hipótese, comer carne de porco mal passada.

 Peixes: preste sempre atenção na aparência e no cheiro. A carne deve ser firme e resistente à pressão dos dedos, os olhos brilhantes e salientes, guelras vermelhas, escamas bem aderidas à pele, que deverá ser úmida e sem viscosidade.

 Aves: a carne deve ser firme, com coloração amarelo-pálida, brilho e cheiro suave. Manchas esverdeadas, azuladas e mau cheiro indicam processo de deterioração.

 Embutidos: linguiças, salsichas, mortadela, presunto, salsichão, entre outros, não devem conter líquido na embalagem. Manchas esverdeadas ou produto solto dentro do pacote indicam que houve entrada de ar e, por esta razão, o produto pode estar estragado.

 Denuncie

 Durante todo o ano, a Vigilância Sanitária realiza fiscalizações de rotina em supermercados e açougues para verificar se as carnes estão sendo comercializadas adequadamente. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 156.