O ingresso dos novos beneficiários é resultado das ações feitas pela Prefeitura, como o trabalho de atualização e da descentralização do Cadastro Único (CadÚnico), que hoje está presente em 13 unidades de CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), e as ações de busca ativa.
Para a secretária de Desenvolvimento Social, o ingresso de quase 7.000 famílias nos últimos três meses indica que São José dos Campos ainda tinha um grande número de famílias com perfil para ingresso no programa, mas não eram alcançadas pela Prefeitura. “Eram famílias ‘invisíveis’ para o poder público e para grande parte da sociedade civil organizada. Elas só estão sendo incluídas agora por causa do aprimoramento do Cadastro Único”.
Ainda segundo a secretária, o Bolsa Família, ao longo dos últimos anos, possibilitou a emancipação de inúmeras famílias que superaram o patamar da pobreza e deixaram de receber transferência de renda por meio do programa. Então, abriu-se uma “janela” de cerca de 3 milhões de famílias com perfil para ingresso no programa em todo o Brasil, sendo quase 7.000, nos últimos três meses em São José.
“Dados do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) de 2011 já apontavam a expectativa de mais de 21 mil famílias com perfil para ingresso no programa, mas a Prefeitura não fazia a parte dela de ir atrás destas pessoas”, afirmou.
“Aprimoramos o Cadastro Único, fizemos diversas ações de busca ativa e hoje levamos nossos cadastradores para o programa Prefeitura no Bairro. Com isso, estamos alcançando essas famílias”, completou a secretária, lembrando que essas famílias vivem com renda per capita inferior a R$ 154 por mês. “São famílias jovens, muito pobres, às vezes uma mãe com filhos pequenos. Esse é o perfil das famílias que estão sendo inseridas no programa”, salientou.
Ela reforçou o papel da Prefeitura de ir atrás das famílias que têm o direito de receber os benefícios do programa. “É importante que fique claro que as famílias precisam fazer a revisão cadastral a cada dois anos, além da contrapartida de manter as crianças na escola e a carteira de vacinação em dia”, frisou.
A secretária salienta que, assim como muitas famílias foram inseridas nos últimos meses, outras foram desligadas porque superaram a condição de vulnerabilidade por renda. “O aperfeiçoamento do cadastro também leva a esses desligamentos, que apontam que as famílias saíram da condição de insuficiência de renda. Esse é o objetivo do programa”, concluiu.