Fórum de Desenvolvimento debate sustentabilidade nas cidades
02/03/2016
Fórum de Desenvolvimento debate sustentabilidade nas cidades
Mais de 80 pessoas, entre autoridades municipais e representantes de instituições de pesquisa e ensino, participaram do Fórum Foto: Beto Faria/PMSJC

Secretaria de Governança

Mais de 80 pessoas, entre autoridades municipais e representantes de instituições de pesquisa e ensino, participaram nessa terça-feira (1º) da quarta edição do Fórum de Desenvolvimento Econômico Sustentável. O encontro foi no auditório do Centro da Juventude, na zona sul de São José.

O Fórum é uma iniciativa conjunta do IPPLAN e da Prefeitura que visa envolver a sociedade na elaboração de uma agenda de desenvolvimento de médio e longo prazo para melhorar a qualidade de vida da cidade. A quarta edição foi pautada pelo tema da sustentabilidade na agenda urbana.

“O conceito de desenvolvimento sustentável evoluiu muito ao longo dos anos. Há 10 ou 15 anos, o Brasil cresceu aplicando um modelo econômico baseado principalmente no consumo. Hoje, esse modelo se tornou insustentável. Precisamos aproveitar melhor os recursos e evitar o desperdício, para amenizar as desigualdades entre áreas urbanas”, afirmou o secretário de Planejamento Urbano, que representou o prefeito no evento.

O diretor presidente da AGEVAP (Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul), André Marques, lembrou iniciativas que estão alinhadas com o conceito da qualidade de vida. “Os municípios têm de crescer com igualdade, de forma sustentável. Nesse sentido, o processo de regularização de bairros fomentado pelo atual governo é uma iniciativa muito importante para o desenvolvimento econômico e social de São José.”

Antônio Miguel Monteiro, professor e pesquisador do INPE, ressaltou a importância da cooperação entre cidades e regiões. “Não podemos pensar no desenvolvimento de São José dos Campos sem integrar o Vale do Paraíba. A dimensão metropolitana é essencial nesse processo”, afirmou.

A cooperação sustentável cidade-região é, inclusive, um dos dez temas que compõem a agenda de sustentabilidade urbana da ONG internacional ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, principal associação mundial de governos locais dedicada ao desenvolvimento sustentável.

“Nosso foco é incentivar soluções locais para encarar desafios globais. As políticas de sustentabilidade não devem ser elaboradas apenas pelos governos nacionais, mas também pelas cidades”, disse Sophia Picarelli, gerente de projetos da ICLEI. A palestrante ressaltou que São José dos Campos é um dos 36 municípios do país que integram o “Compacto de Prefeitos”, uma coalizão mundial de 400 administradores que se comprometeram a definir nos próximos anos um plano de ação para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Mobilidade Urbana e Cidade Inteligente também estão entre as metas de sustentabilidade da ICLEI, e o município de São José está bem adiantado nesses dois aspectos com a aprovação do Plano de Mobilidade, o projeto Novo Centro, de requalificação da região central, e outras iniciativas nos setores de educação, segurança, transportes e meio ambiente.

Sophia Picarelli ainda lembrou a importância da integração da área rural à área urbana. “São José também se destaca nesse quesito com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS)”, destacou.

Coordenado pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (SDECT) e de Meio Ambiente, e executado pelo IPPLAN, o PDRS tem como objetivo a articulação de políticas públicas integradas para o fortalecimento do setor rural por meio da geração de emprego e novos negócios, com desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Na segunda palestra do evento, Regina Alvará, coordenadora de articulação institucional do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), cuja sede está instalada no Parque Tecnológico desde o início do ano passado, ressaltou que a instituição pode contribuir com várias metas da Agenda 2030 das Nações Unidas para o desenvolvimento econômico sustentável.

“Estão entre essas metas reduzir a exposição das populações mais vulneráveis a fenômenos meteorológicos extremos, tornar cidades e assentamentos humanos mais seguros e tomar medidas para combater os impactos das mudanças climáticas”, enumerou.