A Prefeitura de São José dos Campos realiza neste sábado (16), das 8h às 17h, um arrastão contra a dengue em seis bairros da região sul da cidade. A região foi escolhida por ter registrado casos novos na última semana. A ação percorrerá os bairros Jardim América, Jardim Paraíso, Jardim Oriental, Jardim Rosário, Jardim do Céu e Jardim Morumbi. A expectativa é trabalhar 7.833 imóveis, de 220 quadras.

Este será o terceiro de cinco sábados consecutivos em que a Prefeitura fará arrastões desde que o município aderiu à campanha “Todos juntos contra o Aedes aegypti”, do governo do Estado. O projeto prevê repasses do Fundo Estadual de Saúde para o pagamento de diárias aos profissionais que trabalharem um dia a mais na semana. A remuneração extra será de R$ 120 por agente e para cada dia de trabalho. A previsão é colocar na rua 55 agentes, a cada sábado.

Nos dois últimos sábados, a ação ocorreu em bairros da região norte e leste, respectivamente. Já foram recolhidos 1.460 quilos de objetos que poderiam servir como criadouros. Recolher esses objetos, que podem acumular água, além de fazer uma varredura contra mosquito é o objetivo do arrastão, no qual os agentes passam de casa em casa orientando e auxiliando os moradores a recolher todo o material que pode ser descartado e aplicando larvicida em criadouros fixos. Um caminhão passará recolhendo todo o material.

Mais uma vez, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) alerta que esta é uma ação importante de prevenção e combate ao mosquito da dengue. Portanto, é importante as pessoas entenderem que a Prefeitura não vai recolher móveis velhos que as pessoas não querem mais em casa, como sofás e camas. Apenas os criadouros, aqueles objetos que podem juntar água e, por isso, representam um perigo já que favorecem a proliferação do mosquito.

São José dos Campos tem 864 casos confirmados de dengue, dos quais 783 autóctones (contraídos no próprio município) e 81 importados (contraídos em outros municípios). O município decretou epidemia no final do mês passado. A cidade também já registrou 15 casos de zika vírus e 5 casos de chicungunya, todos importados.

Apesar de ter entrado “tecnicamente” em epidemia, o número de casos vem caindo na cidade. Até março do ano passado a cidade tinha registrado 3.277 casos. Número quase cinco vezes maior do que este ano.

Os números mostram que a situação no município vai na contramão do país, que tem registrado aumento do número de casos em relação ao ano passado. Segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, até março, 396.582 casos de dengue tinham sido registrados em todo o país. O número é 52,6% maior do que o contabilizado no mesmo período de 2015, ano que registrou recorde histórico da doença.