O Instituto Materno-Infantil Benedito Carvalho dos Santos, na Vila Santa Luzia, região central de São José dos Campos, promoveu nesta quarta-feira (20) o ‘Dia de Mobilização contra a Dengue’.

O evento contou com uma exposição dos trabalhos realizados pelos alunos ao longo do ano, além das artes feitas com garrafa pet e apresentação musical para a comunidade escolar. A escola atende crianças de 0 a 5 anos de idade.

A aluna Thaísa Santos, de 6 anos, explicou a importância do projeto: “Esse trabalho foi bonito e muito prestativo, aprendemos sobre água parada e sobre as doenças do mosquitinho. Todos temos que combater essa doença”, disse.

A professora e coordenadora do projeto, Cristina Queiroz, que está há 19 anos na rede municipal, disse que a iniciativa estimula a multiplicação do conhecimento sobre o mosquito. “Com esse projeto, visamos trabalhar o tema com os alunos, propagando e conscientizando em casa e na escola, pois por meio das crianças os ensinamentos chegam mais rápido”, afirmou.

Na opinião da professora Renata Rodrigues, que tem dois filhos na unidade, o trabalho é muito importante. “Como eu sou mãe de dois alunos dessa escola, tenho a oportunidade de acompanhar de perto o projeto e os resultados que traz, os alunos sempre reportam o que aprenderam na escola. É a partir da criança que podemos mudar a atitude do adulto”, disse.

A iniciativa integra a campanha “Não dê Espaço Para o Mosquito”, lançada pela Prefeitura de São José dos Campos, que vem contando com apoio de toda a rede municipal de ensino.

Desde outubro de 2015, antecipando as ações em relação a maioria das cidades, a Prefeitura de São José dos Campos trabalha na campanha “Não dê Espaço Para o Mosquito”, com objetivo mobilizar a população para a prevenção. Um hotsite com informações sobre a doença e identificação dos agentes de combate à dengue foi disponibilizado para auxiliar os munícipes.

Além dos trabalhos de campo, utilização de drone para vistorias e outras ações, nesse período já foram realizadas atividades de conscientização e educação, formando agentes multiplicadores em escolas públicas, igrejas e conselhos gestores das Unidades Básicas de Saúde.

Além disso, os agentes de combates a endemias continuam trabalhando casa a casa, em todas as regiões de São José, a procura de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, isolando pacientes e realizando nebulização com larvicida, evitando a propagação das doenças.

Em 2015, o Estado de São Paulo registrou a pior epidemia de dengue de sua história. Segundo números da Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 669.309 casos, sendo 649.562 autóctones e 19.747 importados. Os números correspondem a mais da metade dos casos de todo o país no ano passado.

Assim como o Estado, São José dos Campos também foi atingida pela epidemia. No mesmo período, foram registrados 14.429 casos, sendo 13.922 autóctones e 507 importados.