Com muita música, artesanato e comidas típicas, a Prefeitura de São José dos Campos e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo estão realizando a Festa do Mineiro nesta quinta-feira (21), feriado de Tiradentes. O evento, na 15ª edição, ocorre no Parque da Cidade (Avenida Olivo Gomes, 100, Santana) e termina às 21h.

No início da manhã, às 8h30, a Banda de Santana já tocava sucessos da música popular brasileira nas imediações do parque para animar o público que começava a chegar.

Durante a abertura, o presidente da Fundação Cultural destacou a importância da celebração da Festa do Mineiro no dia de Tiradentes, que lutou pela democracia na inconfidência mineira, e também dos migrantes mineiros que vieram para São José dos Campos. “Temos que ter em mente a contribuição de todos aqueles que vieram de Minas Gerais e como eles ajudam no crescimento da nossa cidade.”

Ao falar na cerimônia que deu início ao festejo, o prefeito lembrou que Minas Gerais é parte da formação cultural de São José dos Campos. “É muito importante a gente lembrar os caminhos traçados. Nenhuma comunidade vai para frente se a gente não cultivar e ter carinho pela nossa história. Essa festa comemora e cultiva as contribuições que os mineiros trouxeram para a construção da cidade.”

O prefeito citou as obras de preservação do patrimônio histórico joseense, como a recuperação da Casa Olivo Gomes, do Cine Teatro Benedito Alves e das estações Central e Eugênio de Melo. 

Às 10h, o padre Beto, da Paróquia de Santana, celebrou uma missa especial, com coral e violas, salientando a necessidade da solidariedade no dia a dia.

Depois da missa, houve a tão esperada distribuição de café com leite e biscoito de polvilho. Vânia da Silva Mendes, moradora do Morumbi, era a primeira da fila. “Biscoito mineiro é muito bom, estou aqui esperando a missa acabar para aproveitar. Depois, mais tarde, vou almoçar. Quero ficar aqui o dia todo.”

A estudante de enfermagem Juliana de Castro, moradora de Santana, esteve em diversas edições da Festa do Mineiro. Desta vez, ela trouxe os filhos de 12 e 5 anos de idade para brincar, apreciar as comidas típicas e assistir a missa. “É bom que essa festa sempre cresça.”

Juliana estava em uma barraca com vários tipos de bolos tradicionais e café com farinha de milho. Quem a atendeu foi Andreia Francisca, que primeira atuou como vendedora das iguarias mineiras. “Antes eu só frequentava. É muito bom também poder participar.”

A artesã Cristiane Carvalho trouxe bonecas de pano e artigos de bebê para a exposição. São produtos que ela demora em média de dois a três dias para confeccionar. “Faço o molde à mão, coloco areia. Pinto, bordo. Não é um trabalho que dá para fazer em poucas horas. Mas eu faço cada peça com muito amor e dedicação.”

O evento tem o objetivo de valorizar e homenagear os migrantes de Minas Gerais que se estabeleceram em São José dos Campos, principalmente em Santana.