No mês em que se comemora o Dia das Mães, o Parque Vicentina Aranha (Rua Engenheiro Prudente Meireles de Moraes, 302, Vila Adyana) preparou uma programação especial. Serão reflexões sobre o nascimento e a criação, dividindo experiências de forma franca sobre os desafios e peculiaridades de “cultivar vidas”. Esse tema estará presente em uma exposição, debates e discussões, na música e na sessão de cinema.

No domingo (8), às 9h30, terá início a exposição fotográfica “A Arte de Nascer”, de Cristiane Pereira. A mostra, que ocorrerá no Pavilhão São José, pode ser visitada até o próximo dia 20, de segunda-feira a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca.

Conhecida nacional e internacionalmente por seu trabalho e sua sensibilidade em captar a força e beleza do nascimento, Cristiane Pereira traz para a exposição imagens de parto e pós-parto imediato, mostrando a magia do momento entre mãe, pai e o recém-nascido.

O evento faz parte da Semana Mundial de Respeito ao Nascimento (Internacional Week for Respecting Childbirth), criada em 2004 pela Alliance Francophone pour l’Accouchement Respecté (AFAR), com o objetivo de discutir temas ligados ao parto e ao nascimento.

Após a abertura da exposição, às 10h30, casais grávidos e pais de bebês serão convidados para uma conversa aberta, na qual poderão trocar experiências de forma franca. O encontro, que ocorre quinzenalmente no Parque Vicentina Aranha, também ocorrerá no Pavilhão São José.

Este evento, realizado pela Roda Bebedubem (grupo de apoio ao parto normal, amamentação e à maternidade em busca de partos humanizados), terá a coordenação da educadora perinatal, psicoterapeuta corporal, doula e criadora da Roda, Flavia Penido, que abordará aspectos psicológicos da maternidade.

Ainda neste domingo (8), às 10h30, o Projeto Música no Parque recebe o espetáculo a Arte do Sopro, com o Quinteto Spalla de Metais, como homenagem especial pelo Dia das Mães. A apresentação será no Bambuzal, ao lado da Capela Sagrado Coração de Jesus.

Composto por trompete, trompa, trombone, tuba e percussão, o Quinteto expõe a música instrumental de forma leve e engraçada. Além de temas nordestinos, o repertório tem sucessos como Aquarela do Brasil, Garota de Ipanema, Tico-Tico no Fubá, entre outros.

O documentário O Renascimento do Parto (2013), de Eduardo Chauvet, será a atração da terça-feira (10), às 19h, na Sala de Leitura. O filme tem classificação indicativa para 10 anos.

Com duração de uma hora e 30 minutos, o documentário revela com profundidade e delicadeza as implicações da cultura da cesárea e a urgente necessidade de alteração deste quadro. Produzido de forma independente, o filme bateu o recorde brasileiro de crowdfunding, arrecadando mais de R$ 143 mil. O recurso foi usado para garantir sua exibição nos cinemas comerciais, que somou mais de 30 mil espectadores.

O projeto Contraponto: Ideias e Desafins deste mês terá três médicas especializadas em partos como convidadas. No encontro da quinta-feira (19), às 19h30, na Sala de Leitura Réginaldo Poeta, as profissionais falarão sobre O Nascimento no Brasil. Em 2015, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um alerta sobre o excesso de cesarianas desnecessárias em diversos países. O Brasil é líder disparado nesse tipo de parto com mais da metade dos nascimentos no país: 53,7%. 

Encerrando a programação especial do Mês das Mães, o Parque Vicentina Aranha recebe no domingo (22), às 9h30, o Instituto Marco de Dança, que fará uma intervenção para homenagear todas as famílias, com enfoque no Símbolo Mãe. A apresentação será no Quiosque Alfredo Galvão.

Foi inaugurado pela Santa Casa de Misericórdia em 1924 como Sanatório Vicentina Aranha, um dos maiores centros para tratamento de tuberculose da América Latina. É tombado como patrimônio histórico pelo COMPHAC (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural do Município de São José dos Campos) e Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e turístico).

A partir de 2006 iniciou o funcionamento como Parque Vicentina Aranha e é gerido pela Prefeitura de São José dos Campos, tendo desde 2011 a Associação Joseense para o Fomento da Arte e da Cultura (AJFAC) como Organização Social de Cultura, a qual desenvolve atividades culturais no espaço e promove a recuperação das edificações com obras de manutenção e restauro.