A Prefeitura de São José dos Campos realiza neste sábado (14), das 8h às 17h, um arrastão contra a dengue em parte da zona sul, que compreende os bairros Campo dos Alemães e Dom Pedro II. A expectativa é trabalhar 5.916 imóveis, de 125 quadras.

Este será o 7º sábado consecutivo de arrastão. O governo do Estado prorrogou a vigência da campanha “Todos juntos contra o Aedes aegypti”, que agora vai até o final de maio. O projeto prevê repasses do Fundo Estadual de Saúde para o pagamento de diárias aos profissionais que trabalharem um dia a mais na semana. A remuneração extra será de R$ 120 por agente e para cada dia de trabalho. A previsão é colocar na rua 55 agentes, a cada ação.

Nos seis últimos sábados, a ação ocorreu em bairros da região norte, leste, sul, sudeste, outra parte da região leste e centro, respectivamente. Já foram recolhidos 4.660 quilos de objetos que poderiam servir como criadouros.

O objetivo é recolher os objetos que podem acumular água, além de fazer uma varredura contra o mosquito. Os agentes passarão de casa em casa orientando e auxiliando os moradores a recolher todo o material que pode ser descartado e aplicando larvicida em criadouros fixos. Um caminhão passará recolhendo todo o material.

Mais uma vez, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) alerta que esta é uma ação importante de prevenção e combate ao mosquito da dengue. Portanto, é fundamental que as pessoas entendam que a Prefeitura não vai recolher móveis velhos, como sofás e camas. Apenas os criadouros, aqueles objetos que podem juntar água e, por isso, representam um perigo já que favorecem a proliferação do mosquito.

São José dos Campos tem até agora 1.206 casos confirmados de dengue, dos quais 1.120 autóctones (contraídos no próprio município) e 86 importados (contraídos em outros municípios). A cidade também já registrou 16 casos de zika vírus e 5 casos de chicungunya, todos importados.

Apesar de ter entrado “tecnicamente” em epidemia, o número de casos vem caindo na cidade. Até abril do ano passado a cidade tinha registrado 10.383 casos. Número dez vezes maior que este ano.

Os números mostram que a situação no município vai na contramão do país, que tem registrado aumento do número de casos em relação ao ano passado. Segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, até março em todo o país eram 396.582 casos, número 52,6% maior do que o contabilizado no mesmo período de 2015, ano em que foi registrado recorde histórico da doença.