A Secretaria Municipal de Saúde recebeu nesta semana, do Instituto Adolfo Lutz, três novas confirmações de H1N1 em São José dos Campos. Entre os casos está um paciente que passa bem e já teve alta. Outros dois morreram em decorrência da doença.

A primeira morte ocorreu no dia 31 de março. Um homem, de 25 anos, que trabalhava em um estabelecimento comercial, em São Paulo. Segundo os registros, ele teria tido os primeiros sintomas no dia 19 de março e procurado atendimento médico no dia 25 de março, quando foi internado no Hospital Municipal. Além de gripe H1N1, que foi confirmada somente agora, ele também apresentou diagnóstico de leptospirose que, até então, era considerada como a causa da morte.

A segunda morte confirmada pelo Adolfo Lutz é de uma funcionária da Vigilância Sanitária, órgão vinculado à Secretaria da Saúde. Ela tinha 52 anos e sentiu os primeiros sintomas no dia 06 de abril. Procurou atendimento médico (Pronto Atendimento da Unimed) no dia 11 de abril, após agravamento do quadro. No dia 13 de abril foi internada no Hospital Municipal e depois, a pedido da família, transferida na mesma data para o Hospital Santos Dumont, onde permaneceu até o dia 1º de maio, quando faleceu.

As duas famílias foram comunicadas sobre o resultado dos exames na manhã desta quarta-feira (25). O secretário de Saúde, lamentou as duas confirmações, mesmo após todas as medidas adotadas pelo município para evitar que situações como essas ocorressem.

“Lançamos uma campanha de conscientização da população, com folders, cartazes, spots de rádio e divulgação nas redes sociais, passamos a disponibilizar álcool gel e máscaras para todos os pacientes que chegassem às unidades com sintomas da gripe. Também fizemos treinamento com os médicos, da rede pública e privada, pedimos apoio das igrejas e acompanhamos de perto todos os pacientes que chegavam apresentando a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave)”, disse.

O apoio das igrejas ao qual se refere o secretário são as medidas anunciadas pela Diocese de São José dos Campos, atendendo a um pedido da Secretaria da Saúde. Entre elas estão o pedido para que os fiéis evitem dar as mãos nas celebrações e a suspensão da distribuição da comunhão direto na boca, agora colocada apenas nas mãos.

Com os três novos casos de H1N1 divulgados pelo Adolfo Lutz, São José soma quatro confirmações da doença em 2016, com dois óbitos.

O número de mortes provocadas pelo vírus H1N1 no país subiu para 588, de acordo com boletim divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Ministério da Saúde. O número é 16 vezes maior do que o registrado durante todo o ano de 2015, quando 36 óbitos foram confirmados.

Até o sábado passado, o país havia registrado 2.988 pacientes com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), decorrente da infecção. Quase metade dos casos (1.394) está concentrada em São Paulo.

São José dos Campos já superou a meta estipulada pelo Ministério da Saúde: foram vacinadas 86,75% das pessoas que estão no público alvo da campanha contra a gripe H1N1.

No entanto, a vacinação continua nas UBSs da cidade. Além disso, o município tem se concentrado em fazer busca ativa de gestantes e profissionais de saúde, dois grupos que até agora ainda não atingiram a meta de vacinação.

Até essa terça-feira, já haviam tomado a vacina 32.419 crianças de seis meses a menores de cinco anos (81,03%), 11.496 profissionais de saúde (56,46%), 4.297 gestantes (57,67%), 1.297 mães que deram à luz recentemente (105,88%) e 65.626 idosos (103,62%).

Nesta segunda fase também está sendo concentrada a atenção na segunda dose da vacina para as crianças. Todas as crianças que tomaram a vacina este ano pela primeira vez precisam da segunda dose para garantir a imunização.

Fique atento aos sintomas da gripe:

- Febre com tosse ou febre com dor de garganta;

- Dor de cabeça;

- Dor no corpo;

- Falta de ar;

- Dor abdominal ou no tórax, intensa e contínua;

- Vômitos persistentes, diarreia ou diminuição importante da urina;

- Desmaio, tonturas, confusão mental ou o estado comprometido;

- Persistência da febre por mais de três dias ou reaparecimento após normalização.

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool a 70%, especialmente antes das refeições, após tossir e espirrar e usar o banheiro;

- Evitar aglomerações e lugares fechados;

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas, e objetos de uso pessoal;

- Ter um frasco de álcool gel sempre à mão e ficar atento aos sintomas;

- Se surgir um ou mais sintomas da gripe, procure o serviço de saúde;

- Permanecer em isolamento domiciliar (crianças, por 10 dias, e adultos, por 7 dias);

- Evitar contato próximo com pessoas, aglomerações e ambientes fechados;

- Se não for possível evitar ambientes fechados, usar máscara cirúrgica;

- Permanecer em repouso, com alimentação balanceada e aumento da ingestão de líquidos;

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas, e objetos de uso pessoal;

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool a 70%, especialmente antes das refeições, após tossir e espirrar e usar o banheiro;

- Proteger com lenços a boca e o nariz ao tossir e espirrar;

- Evitar tocar olhos, nariz e boca.