Secretaria de Governança
A Prefeitura de São José dos Campos preparou uma série de atividades para celebrar o Dia Nacional do Baobá, comemorado em 19 de junho. A programação ocorrerá neste domingo (19), das 9h às 12h30, ao redor do Baobá, plantado ao lado do estacionamento do CEFE – Centro de Formação do Educador, que fica no Parque da Cidade (Avenida Olivo Gomes, 25 – Santana).
A abertura será às 9h com uma apresentação cultural de Maracatu e Samba de Roda. Às 10h, o pesquisador e especialista em baobás Gilberto Vasconcelos participa de uma roda de conversa sobre os mistérios e curiosidades do Baobá. Após, o MC Dô, faz uma apresentação especial de Hip Hop. Para encerrar as atividades, haverá apresentação de Capoeira dos Angolanos e lanche comunitário.
Todas as atividades são gratuitas e sem a necessidade de realizar inscrição antecipada. A programação é uma iniciativa da Secretaria de Promoção da Cidadania – Departamento de Igualdade Racial, e integra o Projeto Baobá, implantado em São José dos Campos em 2015, com o objetivo de implementar a Lei 10.639/2003, para inclusão da história da África no ambiente escolar.
Mais informações sobre o Dia do Baobá e as políticas para a igualdade racial podem ser obtidas pelo telefone 3932-8614, ou pessoalmente na Secretaria de Promoção da Cidadania (Rua Aurora Pinto da Cunham, 131), no Jardim América.
Dia do Baobá
Comemorado em 19 de junho, inicialmente era celebrado apenas na cidade de Recife (PE), cidade brasileira conhecida como “coração dos Baobás” por ter um grande número de árvores da espécie, conforme Lei 17.099 de 22 de junho de 2005. Atualmente, outras cidades celebram a data.
Baobá em São José dos Campos
O Baobá plantado no Parque da Cidade é o único na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, e um dos poucos do Brasil. O maior exemplar do país está no Rio de Janeiro, medindo 25 metros de altura. Recife, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Mato Grosso e Goiás também possuem Baobás, que passaram a fazer parte da flora nacional depois do descobrimento do Brasil, sendo trazidos por sacerdotes africanos devido à crença religiosa, a tradição e a superstição que a árvore guarda.
Origem
Os Baobás são nativos de Madagascar, das savanas da África. Essas árvores podem viver durante milhares de anos e parecem ter sido plantadas de cabeça para baixo. Isso se deve à aparência de seus galhos, que lembram raízes e normalmente permanecem sem folhas durante nove meses do ano.
Símbolo do continente africano, a característica que mais se destaca nessas árvores gigantes são seus troncos, que podem chegar a medir mais de 20 metros de diâmetro e 30 metros de altura. Essas estruturas não são enormes assim por acaso. Durante os meses de chuva, a água fica armazenada no interior do tronco, que é oco e resistente ao fogo, para que a espécie enfrente o período da seca. Existem registros de Baobás que chegaram a guardar até 120 mil litros de água.
Pela sua grandiosidade, não é raro que pessoas se instalem em seu interior e muitos, inclusive, são usados como bares, santuários, ponto de ônibus e até como cadeia, em algumas regiões da África.
A árvore é utilizada como fonte de inspiração até hoje para os nativos da África. Eles têm a espécie como a personificação do espírito africano, por isso é tida como a árvore da vida e de grande importância para diversas tribos, que se reúnem diante dos Baobás, porque acreditam que o espírito da árvore ajuda a tomar decisões.
Mais do que uma árvore grande, que se destaca pela dimensão do tronco e pode viver por mais de mil anos, o Baobá também é um símbolo da igualdade racial e contra o preconceito aos negros no Brasil.
Na literatura
A espécie também tem presença na literatura, como no livro “O Pequeno Príncipe”, escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, que pode ter se inspirado na espécie existente na Praça da República, em Recife, quando passou por lá. Na obra, o protagonista temia os Baobás, pois o crescimento excessivo dessas árvores poderia tomar todo o espaço do asteroide onde vivia.