Com culinária da mesa paulista, Revelando SP começa nesta quarta-feira
Secretaria de Governança
A 15ª edição do Revelando São Paulo – Vale do Paraíba começa nesta quarta-feira (6) e segue até domingo (10), das 9h às 21h, no Parque da Cidade “Roberto Burle Marx” (Avenida Olivo Gomes, 100), em Santana, região norte de São José dos Campos. Mais uma vez, o evento tem como objetivo mostrar a cultura paulista tradicional.
A abertura do evento será às 12h, com um cortejo ecumênico de recepção da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Em seguida, a partir das 13h, haverá o Encontro de Orquestras de Viola, com a participação de oito grupos. Além disso, haverá uma roda de conversas, às 14h, no Auditório Elmano Veloso Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), para falar sobre benzedeiras.
Este ano, cerca de cem municípios participam do evento, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, pela Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Prefeitura de São José dos Campos, por meio da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Cada um apresentará a sua culinária, o artesanato e as manifestações folclóricas.
No artesanato, haverá exposição e comercialização de produtos tradicionais, bem como demonstração da produção de peças em 71 espaços. Também está programado um arranchamento indígena, com vivências, pinturas, pajelanças e venda do artesanato tradicional das comunidades indígenas do Estado de São Paulo.
Culinária
A culinária típica é um dos grandes atrativos do evento. O festival traz culinaristas de todo o estado que, durante os cinco dias, produzem doces caseiros, bolinhos caipira, bolos, virados, feijão tropeiro, entre outras iguarias.
Alguns pratos têm nomes curiosos, como o Buraco Quente, de Pariquera-açu, uma tradição com mais de 50 anos que começou com os restos de linguiça que ficavam na chapa e hoje é um atrativo lanche com carnes, linguiça, tomate, pimentão e temperos singulares.
Outro destaque é a paçoca tropeira de Pilar do Sul preparada no pilão com farinha de milho e carnes. A carne na lata, de Redenção da Serra, conservada como faziam os tropeiros e caipiras de antigamente, armazenada junto à banha do porco.
Também não vai faltar bolinho caipira, presente em muitas cidades do Vale do Paraíba, como São José dos Campos, Jacareí, Pindamonhangaba e o distrito de São Francisco Xavier. Feito com farinha de milho e recheio de carne, o bolinho caipira surgiu no Vale do Paraíba, no século XVII, com os tropeiros que, durante as paradas das tropa, misturam a farinha de milho com água e temperos para rechear com carnes ou peixe. Cada município tem sua receita e seus segredos.
Os municípios de Paraibuna, Redenção da Serra e Pindamonhangaba trazem o característico café da manhã caipira. O café é passado no coador de pano todos os dias, de manhã e à tarde, e depois servido com broas de milho, bolinhos de chuva e biscoitinhos de nata. Tudo feito em fogões à lenha.
Os doces, trazidos por doceiras dos municípios de São João da Boa Vista, Praia Grande e Guaratinguetá também são destaques. Delícias como goiabada cascão, doce de leite, cocada de jaca, casca de limão doce e paçocas são preparadas durante todos os dias do evento.