Adolfo Lutz confirma H1N1 como causa de mortes em São José
05/08/2016

Secretaria de Governança

A Secretaria Municipal de Saúde recebeu do Instituto Adolfo Lutz a confirmação de cinco mortes por H1N1 em São José dos Campos. Os resultados dos exames são referentes a óbitos ocorridos nos meses de abril, maio e junho.

A primeira vítima morreu no dia 14 de abril. O homem de 53 anos, hipertenso, morava no bairro dos Freitas. Segundo os registros, ele teve os primeiros sintomas no dia 11 de abril e procurou o serviço médico em 14 de abril, falecendo no mesmo dia.

O segundo caso é de uma idosa, de 75 anos, diabética, que morava na Vila Dirce. Ela deu entrada no hospital no dia 10 de abril e também morreu no dia 14 de abril. O vírus H1N1 também foi confirmado como causa da morte de um homem de 54 anos, sem doença associada, morador do Jardim Cerejeiras. Ele teria sentido os primeiros sintomas no dia 25 de março e procurado o Hospital Municipal no dia 29 de março. No dia 30, foi para a UTI. Morreu no dia 4 de maio.

O quarto caso é de uma mulher de 36 anos, moradora do bairro Santa Inês, sem doença crônica e, portanto, fora do grupo de risco. Ela teria sentido os primeiros sintomas no dia 5 de junho, data em que foi internada. Morreu no dia 13 de junho.

Também foi confirmado pelo laboratório a H1N1 como causa da morte de um homem, de 54 anos, morador do Jardim Satélite, também sem doenças crônicas. O paciente sentiu os primeiros sintomas no dia 30 de maio, procurou o Hospital Municipal no dia 5 de junho, quando foi internado. Morreu no dia 17 de junho.

Com os resultados, o município totaliza 7 mortes por H1N1 neste ano. Duas já haviam sido confirmadas pelo Adolfo Lutz em maio. O secretário de Saúde lamentou as confirmações, mesmo após todas as medidas adotadas pelo município. 

“Lançamos uma campanha de conscientização com folders, cartazes, spots de rádio e divulgação nas redes sociais, passamos a disponibilizar álcool gel e máscaras para todos os pacientes que chegassem às unidades com sintomas da gripe. Também fizemos treinamento com médicos, da rede pública e privada, pedimos apoio das igrejas e acompanhamos de perto os pacientes que chegavam apresentando a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Infelizmente, mesmo com tudo isso, tivemos as mortes. O estado de São Paulo foi o mais afetado pelo H1N1 neste ano”, disse.

Desde o início do ano até o dia 30 de junho, 1.121 pessoas já haviam morrido em decorrência do vírus H1N1 no Brasil, segundo Ministério da Saúde. O número é 30 vezes maior do que o registrado durante todo o ano de 2015, quando 36 óbitos foram confirmados. O Estado de São Paulo foi o estado com o maior número de mortes por influenza, correspondendo a 41,7% do total no país (total de 475 mortes).

Em São José dos Campos, até agora, foram 282 casos notificados, 135 descartados e 27 confirmados (entre os quais as 7 mortes). Atualmente, há apenas uma pessoa internada na cidade com sintomas da doença, no Hospital Policlin.

A Prefeitura já solicitou autorização para continuar a veiculação de campanhas de orientação sobre H1N1 em TV, rádio, internet e impressos. A autorização é necessária porque durante o período eleitoral há restrições em relação à publicidade institucional. A veiculação pode ser realizada em casos de necessidade pública, desde que reconhecida pela Justiça Eleitoral.

Tamiflu e vacinação

Até hoje, o município já distribuiu 26.420 comprimidos de Tamiflu neste ano, que é o medicamento indicado para o tratamento da H1N1. Esse número de comprimidos corresponde ao tratamento de 3.063 pessoas.

Além disso, a campanha da vacinação contra o H1N1 em São José dos Campos atingiu, este ano, 94,13% de cobertura, superando a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de atingir 80% do público-alvo.

Foram vacinadas 178.014 pessoas, sendo 35.049 crianças de seis meses a menor de cinco anos    (87,61%), 13.391 profissionais de saúde (65,77%), 4.800 gestantes (64,42%), 1.438 mães que deram à luz recentemente (117,39%), 70.273 idosos (110,96%) e 53.410 doentes crônicos.

Fique atento aos sintomas da gripe:

- Febre com tosse ou febre com dor de garganta;
- Dor de cabeça;
- Dor no corpo;
- Falta de ar;
- Dor abdominal ou no tórax, intensa e contínua;
- Vômitos persistentes, diarreia ou diminuição importante da urina;
- Desmaio, tonturas, confusão mental ou o estado comprometido;
- Persistência da febre por mais de três dias ou reaparecimento após normalização.

Como se prevenir

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool a 70%, especialmente antes das refeições, após tossir e espirrar e usar o banheiro;
- Evitar aglomerações e lugares fechados;
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas, e objetos de uso pessoal;
- Ter um frasco de álcool gel sempre à mão e ficar atento aos sintomas;
- Se surgir um ou mais sintomas da gripe, procure o serviço de saúde;

Estou gripado. O que fazer para reduzir o risco de transmissão?

- Permanecer em isolamento domiciliar (crianças, por 10 dias, e adultos, por
7 dias);
- Evitar contato próximo com pessoas, aglomerações e ambientes fechados;
- Se não for possível evitar ambientes fechados, usar máscara cirúrgica;
- Permanecer em repouso, com alimentação balanceada e aumento da ingestão de líquidos;
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas, e objetos de uso pessoal;
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool a 70%, especialmente antes das refeições, após tossir e espirrar e usar o banheiro;
- Proteger com lenços a boca e o nariz ao tossir e espirrar;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca.