O trabalho artesanal é uma característica cultural muito presente no bairro Campos de São José, na região leste de São José dos Campos. Trabalho vem aos poucos sendo conhecido pela população local por intermédio da Feira de Saberes e Fazeres, que terá nova edição neste sábado (13), das 10h às 14h, no Parque Alambari (Avenida Antônio da Costa Nunes, s/nº, Campos de São José).

A popularização gradativa desse trabalho foi confirmada em uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), como parte do Projeto Ecomuseu Campos de São José, que há mais de um ano é desenvolvido pela entidade junto aos moradores do bairro. “É uma forma de valorizar o patrimônio cultural dos moradores”, explicou a gestora do projeto.

O Projeto Ecomuseu Campos de São José é realizado desde março de 2015 com patrocínio da Petrobras e apoio da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), Museu do Folclore de São José dos Campos, Associação Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunitários (Abremc) e Comissão Nacional de Folclore. 

É na feira que os moradores têm oportunidade de mostrar e comercializar seus trabalhos, além de conhecer outras pessoas e aumentar o círculo de amizades. “Durante a feira, o que mais importa é o relacionamento, a troca de saberes entre os participantes e os visitantes. É quando todos podem falar sobre seu patrimônio cultural e ter seus trabalhos reconhecidos”, enfatizou.

Para a sergipana Agmar Lopes de Cerqueira (69 anos), que faz pano de prato, tricô, flor de tecido e outros trabalhos, participar da feira é uma forma de trocar experiências. “Com nove anos eu aprendi a fazer muita coisa com as mulheres que se reuniam com frequência em um convento perto de casa. Depois não parei mais”. Hoje, ela está aposentada, mas já trabalhou em escritório de contabilidade e foi agente comunitária de saúde em São Paulo.

“Depois que passei a participar do projeto e da feira, conheci mais pessoas do bairro”, destacou Eliane Sena (53 anos), moradora no Campos de São José há 17 anos. Ela faz artesanato com garrafa pet, EVA e bordado em ponto cruz. “Aprendi quase tudo com minha mãe”, disse Eliane, que é funcionária pública aposentada.

Informações sobre o projeto pelo telefone (12) 99633-5597.