Projeto implanta hortas comunitárias nas UBS de São José
06/09/2016

Secretaria de Governança

Uma parceria entre as secretarias de Saúde e Meio Ambiente está possibilitando a implantação de hortas comunitárias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São José dos Campos. O objetivo é estimular a alimentação saudável e envolver a comunidade local em questões como nutrição, solidariedade e preservação do meio ambiente.

Até agora, dez unidades implantaram as hortas: Altos de Santana, Putim, Campos de São José, São Francisco Xavier, Interlagos, Jardim São José II, Eugênio de Melo, Limoeiro, Paraíso do Sol e Nova Detroit. Em outras seis, o projeto está em fase de implantação: USF Santa Hermínia, USF Majestic, Santana, Dom Pedro, Buquirinha e Santa Inês.

“No Brasil, mais da metade da população adulta encontra-se acima do peso e têm mostrado elevado consumo de alimentos industrializados, além da ingestão insuficiente de frutas, verduras e legumes. Por esse motivo, torna-se urgente e necessário o planejamento de ações voltadas para o resgate da alimentação saudável, que é o principal objetivo desse projeto”, disse a nutricionista da rede municipal de Saúde e coordenadora do projeto.

Segundo ela, o cuidado diário das hortas fica sob responsabilidade de voluntários da comunidade e funcionários da UBS. “Todos os envolvidos receberam treinamento, mudas e apoio técnico do Programa de Hortas Urbanas (Assessoria de Educação Ambiental, Semea) e as unidades básicas também receberam equipamentos de proteção individual, ferramentas, composteira e sementes, fornecidos pelo Programa de Promoção da Saúde, da Secretaria da Saúde”, disse.

Distribuição dos alimentos

A distribuição dos alimentos produzidos pelas Hortas Comunitárias considerará critérios de inclusão, sendo necessária a apresentação de pelo menos dois deles, com priorização para os casos mais graves: vulnerabilidade social, famílias que vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, menos de 1 dólar/dia per capita.

Na ausência de famílias abaixo da linha da pobreza, em determinada área, serão priorizadas as famílias de menor renda per capita. Estado nutricional, presença de desnutrição e/ou excesso de peso em menores de cinco anos, gestantes, nutrizes e idosos e presença de patologia, da qual a nutrição faça parte do tratamento, também são itens considerados.

A distribuição das hortaliças ocorre durante os grupos educativos conduzidos nas Unidades de Saúde e conforme período adequado para colheita dos alimentos produzidos, priorizando inicialmente os casos mais vulneráveis. A cada nova colheita, outras pessoas receberão a produção de forma que, de médio a longo prazo, um grande número de famílias poderão se beneficiar do projeto.

Os voluntários responsáveis pelo cuidado com a horta também têm direito ao recebimento da produção, independente da presença de algum dos critérios de inclusão.

Compostagem

O projeto contempla ainda a compostagem, ou seja, produção de adubo orgânico a partir da utilização dos resíduos orgânicos gerados nas próprias unidades básicas de saúde, alinhando-se assim ao Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que tem como uma de suas principais diretrizes o tratamento de resíduos na fonte geradora. Dessa forma, diminui-se consideravelmente a quantidade de lixo domiciliar aterrado na cidade, que hoje é em torno de 600 toneladas por dia.