FCCR entrega prêmios Mestre Cultura Viva e Culturas Populares neste doming
13/09/2016

Secretaria de Governança

O Museu de Arte Sacra (Travessa Chico Luiz, 67 – Centro) será o palco para a entrega dos prêmios Mestre Cultura Viva e Culturas Populares. Realizada pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), a cerimônia ocorrerá neste domingo (18), às 10h, e será aberto ao público. São cinco premiados em cada categoria. 

Essas premiações foram criadas com o objetivo de reconhecer a atuação de mestres e grupos de tradição oral da Cultura Popular de São José dos Campos, que tanto contribuíram e ainda colaboram para o fortalecimento da identidade cultural nacional e regional.

Os prêmios fazem parte das estratégias de ações previstas no Plano Nacional de Cultura (PNC), que propõe a criação de políticas de transmissão dos saberes e fazeres das culturas populares e tradicionais, por meio de mecanismos de reconhecimento formal dos mestres populares.

As premiações se fundamentam nos artigos 215 e 216 da Constituição Federal em que cabe ao Estado garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, apoiar e incentivar a valorização e a difusão dessas manifestações, atendendo ainda às recomendações da Unesco sobre salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial decidido na Conferência Geral em Paris.

Vencedores

Prêmio Mestre Cultura Viva

Gonçalo
José Gonçalo Francisco, 64 anos, Folia de Reis. O mestre Gonçalo iniciou sua história com a Folia de Reis aos 9 anos, quando acompanhava os tios no grupo. Atualmente guia a Companhia Três Reis Estrela do Oriente. A folia já passou por vários bairros da cidade, entre eles o Jardim Satélite e o distrito de Eugênio de Melo.

Maestro Cunha
José Antônio da Cunha, 84 anos, maestro Maestro Cunha nasceu em 1º de junho de 1932. Iniciou sua carreira como músico aos 8 anos, tocando requinta na banda de seu irmão Nadir Cunha, com quem aprendeu música. Aos 14 anos, era requintista e subregente da Banda de Música Municipal de Montes Claros (MG). Criou, montou e regeu bandas, orquestras e corais e compôs o hino de cidades como Barbacena e Jequitinhona.

Maria José 
Maria José Oliveira, 72 anos, figureira. Maria José nasceu na zona rural de Brasópolis (MG). Na infância, assistia a bisavó preparar e montar presépios, porém nunca teve as figuras que a bisavó fazia. O fato de não ter tido acesso às imagens, levou a figureira a fazer suas próprias peças com argila. Desde então, Maria faz imagens de barro e de argila e as apresenta em casas de cultura de toda a cidade.

Seu Dito
Benedito Soares, 72 anos, luteria. Autodidata, aprendeu a luteria trabalhando com a adaptação de violões para violas. O primeiro contato profissional com a arte foi por meio da oficina ministrada por Braz da Viola, na Fundhas. Tendo como referência o mestre Braz, inaugurou o curso de Luteria na FCCR em Eugênio de Melo.


Seu Lourenço
Lourenço Juventino da Silva, 72 anos, congada. Iniciou a carreira aos 10 anos tocando Clarinete em bandas de sopro em Areias (SP). Também tocou na Banda da Embraer de São José dos Campos (SP) por 20 anos. Em 1999, foi buscar em Areias (SP) sua ligação com as Manifestações da Cultura Tradicional. Colaborou na fundação de vários movimentos culturais da região, inclusive o Piraquara.


Prêmio Culturas Populares

Capoeira Cordão de Ouro
Amante da capoeira desde 1967, aos 60 anos, José Carlos Alberto, o “Tinta Forte”, é o mestre do Grupo Cordão de Ouro - São José dos Campos, fundado por ele em 1976, inicialmente com o nome Besouro Negro. O grupo, que já participou de diversos festivais nacionais e internacionais, é reconhecido pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), do Ministério da Cultura e contemplado pelo prêmio Viva Meu Mestre em 2010. O Cordão de Ouro tem como objetivo divulgar a arte da capoeira para a população.

Companhia Circo e Arte
Por meio de workshops, oficinas e espetáculos, a companhia tem mantido a cultura circense tradicional preservada, fazendo de seus trabalhos, ferramentas de valorização e divulgação desse tipo de arte, contribuindo para que o público saiba reconhecer essa vertente. O grupo tem 13 anos e conta com a presença do mestre palhaço “Yoyô”, o que faz com que se mantenha na linha tradicional. A Cia. Circo e Arte se apresenta em ruas, praças, escolas e espaços culturais, promovendo uma aproximação maior do circo com a população.

Folia de Reis Santana
Fundada em 2006, a pedido do padre Zé Vieira, na época pároco da Igreja Matriz de Santana, a Folia de Reis Santana começou sua história se apresentando nas missas de domingo e nas casas do bairro. Hoje a Folia representa um marco de resistência cultural e tem como principal objetivo formar novos foliões, mantendo viva essa tradição em São José dos Campos. Em 2010, o grupo participou do Encontro Estadual da Juventude e sempre se apresenta em diversas festas na região.

Folia de Reis Estrela de Belém
No início dos anos 1970, um pequeno grupo de amigos da região norte de São José dos Campos se reuniu para levar à população a história sobre o nascimento do Menino Jesus. Depois de 40 anos, eles ainda mantém viva a tradição visitando igrejas, capelas rurais e as casas, com os Três Reis Magos. Um dos destaques é o folião “Zé da Viola”, mestre violeiro, professor e contador de causos. A principal característica do grupo é o espírito de respeito e companheirismo mútuo.

Grupo Junino Quadrilha Show
Em 16 de maio de 1992, Antônio Carlos Soares, o “Carlinhos”, um piauiense apaixonado por São João e com saudades da sua terra, resolveu fundar o Grupo Junino Quadrilha Show, que tem como objetivo a divulgação da beleza das festividades do Norte e Nordeste brasileiro e também oferecer uma opção a mais de lazer para comunidade. O grupo junino se apresenta na modalidade de quadrilha show ou estilizada, porém, mantendo a tradição.