SAMU completa 2 anos com 35 mil atendimentos, mas ainda sofre com trotes
20/09/2016
SAMU
Com sete bases espalhadas por toda a cidade, atualmente o SAMU consegue realizar atendimentos num tempo médio de 13 minutos Foto: Divulgação

Secretaria de Governança

O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) completa neste mês dois anos em São José dos Campos, com 35.711 atendimentos realizados. Mas o serviço ainda enfrenta os trotes telefônicos recebidos pelo 192.

Os atendimentos mensais do SAMU cresceram. No início, eram 1.200 por mês. Hoje, a média saltou para 2.100/mês, sendo que em agosto foram realizados 2.379 atendimentos. “Hoje, a população já reconhece o valor do serviço prestado pelo SAMU e sua importância. É um serviço de excelência que veio para ficar”, disse o secretário da Saúde, Paulo Roitberg.

Com sete bases espalhadas por toda a cidade, atualmente o SAMU consegue realizar atendimentos num tempo médio de 13 minutos. Os chamados mais frequentes são os casos clínicos, que correspondem a cerca de 70% das ocorrências (dor no peito é a mais comum), seguido por traumas (20%), casos psiquiátricos (5%) e atendimentos obstétricos (3%).

Quanto ao destino dos pacientes atendidos pelo SAMU, a principal porta de entrada é o Hospital Municipal (34,5%), seguido pelo Hospital Clínica Sul (16,5%), as UPAs 24h (que, juntas, recebem 40%), UPA Saúde Mental (7,5%) e hospitais particulares (1,5%).

Em São José, o SAMU conta com 9 ambulâncias, 7 bases e uma Central de Regulação. A equipe do serviço é composta por 119 profissionais (32 médicos, 10 enfermeiros, 41 técnicos de enfermagem e 36 condutores de veículos de urgência).

Para o médico Fernando Fonseca, coordenador do SAMU na cidade, hoje a maioria da população já entende quando acionar o serviço de emergência. “No início, era muito comum sermos chamados para transportar pacientes. Hoje, pedidos assim são raríssimos e, quem liga para a Central de Regulação, sempre se preocupa em passar o máximo de informações sobre a ocorrência, o que agiliza bastante o atendimento”, disse.

Trotes

Mas, apesar de a maioria dos moradores entender o funcionamento e importância do serviço no salvamento de vidas, o SAMU ainda enfrenta trotes telefônicos.

Desde que foi implantado em São José, o índice de trotes gira em torno de 30% ao mês. Em agosto, foram 4.899 trotes contabilizados, o que representa 33% das chamadas telefônicas recebidas pela Central de Regulação.

Para o coordenador do SAMU, o número alto de trotes atrapalha o atendimento. “Cada vez que atendemos um trote, uma pessoa que realmente precisa do serviço pode não estar conseguindo ligar. Isso é muito sério”, disse.

Segundo ele, a maioria dos trotes ocorre nos horários de entrada e saída das escolas e as chamadas são feitas de telefones públicos. O trote é crime previsto no Código Penal Brasileiro que, no artigo 266, prevê detenção de um a seis meses para quem o pratica.

No caso de menores cometerem o delito, os pais ou responsáveis podem ser responsabilizados. Ao discar o número 192, o cidadão está ligando para uma central de regulação com profissionais de saúde e médicos treinados para dar orientações de primeiros socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, a ambulância e a equipe adequados a cada caso. A agilidade pode ser prejudicada quando o serviço fica carregado com falsas chamadas.

Número de atendimentos do SAMU:

Setembro/2014 – 1110
Outubro/2014 – 1254
Novembro/2014 – 1118
Dezembro/2014 – 1302
Janeiro/2015 – 1174
Fevereiro/2015 – 1072
Março/2015 - 1124
Abril/2015 – 1214
Maio/2015 – 1385
Junho/2015 – 1224
Julho/2015 – 1229
Agosto/2015 – 1230
Setembro/2015 – 1.200
Outubro/2015 – 1.353
Novembro/2015 – 1.250
Dezembro/2015 – 1.401
Janeiro/2016 – 1.462
Fevereiro/2016 – 1.508
Março/2016 – 1842
Abril/2016 – 2211
Maio/2016 – 2153
Junho/2016 – 2.215
Julho/2016 – 2301
Agosto/2016 - 2379