Seis toneladas de resíduos orgânicos são tratadas no Parque da Cidade
11/10/2016
Entrada do Parque
O composto orgânico gerado no processo está sendo aplicado na conservação nas áreas verdes do Parque e nos jardins Foto: Divulgação

Secretaria de Governança

O Centro de Compostagem instalado no Parque da Cidade “Roberto Burle Marx” (Avenida Olivo Gomes, 100 – Santana) tratou, desde abril deste ano, aproximadamente seis toneladas de resíduos orgânicos. O composto orgânico gerado no processo está sendo aplicado na conservação nas áreas verdes do Parque e nos jardins em torno da Residência Olivo Gomes.

Coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semea), o Centro de Compostagem tem por objetivo dar destinação correta para os resíduos orgânicos produzidos no dia a dia, minimizando seus impactos ambientais e economizando espaço no aterro sanitário.
 
A compostagem é um processo biológico de decomposição e de reciclagem da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal, que gera o adubo orgânico - material rico em nutrientes que auxilia na conservação de hortas e jardins. 
 
O Centro trabalha, inicialmente, com resíduos gerados na Secretaria de Meio Ambiente, restaurante da Coopertêxtil e no Satu’s Restaurante e Lanchonete, localizado nas dependências da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que atende em média 200 servidores e produz 120 litros de lixo orgânico por dia.
 
Resíduos como restos de comida, verduras e hortaliças, cascas de frutas, cascas de ovos, filtro e borra de café, restos de carne, saquinhos de chá, papel toalha e guardanapos usados passaram a ser separados e tratados pelo processo de compostagem.
 
A iniciativa conta com o envolvimento de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e de servidores da Secretaria de Serviços Municipais (SSM), que realizam o manejo dos resíduos. O material orgânico é misturado de forma homogênea, com material seco (folhas secas e serragem), antes de ser confinado na composteira, para que o processo ocorra sem gerar cheiro ou líquidos.
 
Recentemente, a Secretaria de Meio Ambiente começou a utilizar composteiras construídas com o reaproveitamento de pallets, ampliando a escala de tratamento e obtendo resultado exitoso.
 
De acordo com a assessora de educação ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente, o Centro de Compostagem do Parque é importante por servir de modelo para outras instituições. “O importante do projeto piloto é mostrar que é possível fazer a compostagem acontecer. Nós já tivemos este resultado muito bacana de seis toneladas de material orgânico, e isso é uma vitrine para outras instituições conhecerem e terem como referência de resultados”, destacou. 
 
O Auxiliar de Serviços Gerais Dorival Garcia, que atualmente participa do processo no Centro de Compostagem, comentou sobre o andamento do programa no Parque. “O projeto de transformar os restos de alimentos do restaurante em composto orgânico está indo muito bem. Já faz quatro, cinco meses que todo esse material está deixando de ir para o Aterro e está sendo utilizado nos jardins do Parque. Antigamente, nós nem acreditávamos que tudo isso daria certo, mas hoje nós sabemos que tudo isso foi possível, e que isso pode até ser levado para ser feito em casa com o resto de comida. Tudo isso de compostagem era novo para nós e acabou se tornando um aprendizado interessante”, comentou.

A Secretaria de Meio Ambiente promove um trabalho de educação ambiental e capacitação para implantação da compostagem junto à comunidade. O programa já foi implantado na Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Serviços Municipais, Sede da Secretaria de Saúde, Parque da Cidade, Parque Vicentina Aranha, Escola Municipal Profª Mercedes Rachid Edwards, no Distrito de São Francisco Xavier, e está sendo levado em projeto piloto para 12 UBS’s (Unidades Básicas de Saúde). Entidades como a Obra Social Célio Lemos, condomínios residenciais e alguns moradores também já aderiram voluntariamente ao projeto. 
 
Plano Municipal de Resíduos
 
A técnica da compostagem integra as estratégias da política municipal de resíduos sólidos, consolidada pelo Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Decreto 16.762 de 10 de dezembro de 2015).
 
Uma das principais diretrizes do Plano Municipal de Resíduos Sólidos é promover a retenção e o tratamento de resíduos na fonte geradora, diminuindo consideravelmente a quantidade de lixo domiciliar aterrado na cidade, que hoje gira em torno de 600 toneladas por dia.
 
Pelo menos 51% do lixo gerado em uma residência é composto por material orgânico. Até 2034, a meta é de que 33% dos resíduos sejam tratados nos próprios domicílios com a utilização da técnica de compostagem.