O resultado da 12ª edição do Concurso de Desenhos da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) será divulgado na sexta-feira (18) no site da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR). Nesta quinta-feira (10), foi realizada a avaliação dos trabalhos dos participantes na Igreja São Benedito (Praça São Benedito, s/nº - Centro). Quatro jurados, entre eles historiadores e artistas, analisaram 585 desenhos inscritos.

Alunos de escolas públicas e particulares, com idades entre 6 e 18 anos, fizeram desenhos a partir do tema “Patrimônio Cultural de São José dos Campos”. Os inscritos foram divididos em três grupos: de seis a nove anos, de 10 a 13 anos e de 14 a 18 anos. Cada grupo terá dez alunos selecionados, que receberão premiações como notebooks, tablets, materiais de desenho e livros de arte, conforme a classificação.

Com o tema “Patrimônio Cultural de São José dos Campos”, o concurso tem entre seus objetivos estreitar o contato, valorizar os patrimônios materiais e imateriais de São José dos Campos e despertar para a preservação desses prédios, monumentos, costumes e manifestações culturais que fazem parte da identidade joseense.

A diretora de Patrimônio Histórico da FCCR, Priscila Vidal, acompanhou a seleção e ficou feliz em ver o empenho e a sensibilidade dos participantes. "São desenhos muito diferentes, na visão de cada um, mas de uma qualidade indiscutível”, comentou a diretora.  “Desde as frágeis linhas de uma criança tentando retratar o imaginário ou no desenho mais elaborado, são todos lindos”, acrescentou.

Priscila Vidal ressaltou ainda a importância desse projeto na formação humana das crianças e dos adolescentes. "É um exercício para a cidadania. Conhecer o lugar onde você mora, conhecer a sua história é pertencer a essa história, é se apropriar e participar da construção do futuro dessa cidade."

Um dos jurados foi Paulo César Rodrigues, professor de História da Rede Municipal. Ele afirmou que os critérios de seleção não se prenderam apenas no domínio de muitas técnicas. "Avaliamos a maneira que a criança interpreta e enxerga o patrimônio", comentou. O que mais chamou a atenção do professor foi a grande presença de pessoas nos desenhos. "Mais do que a valorização do prédio em si, vemos a valorização do humano com o patrimônio."

O estudante de história Rafael Siqueira Santos sentiu orgulho do trabalho desenvolvido pelos participantes, ao notar a evolução do olhar crítico desses jovens. Ele faz parte do Programa de Educação Patrimonial (PEP). "Resgatar a importância que o patrimônio tem na construção da identidade agrega muito, traz significado a história da cidade", disse o futuro historiador.

A premiação será no dia 2 de dezembro, às 10h, no Museu Municipal (Praça Afonso Pena, 39 – Centro), mas independentemente do resultado, Priscila Vidal deixou um recado para todos os inscritos. "Participar já é por si só um prêmio, eles nos deram um presente!"