Avaliação revela: São José tem baixa infestação do Aedes aegypti
17/11/2016

Secretaria de Saúde

A mais recente Avaliação de Densidade Larvária (ADL), elaborada pelos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), revelou que é baixa a infestação do Aedes aegypti em São José dos Campos, embora tenham sido encontradas larvas do mosquito em todas as regiões da cidade.

O estudo mostra que o índice larvário (Índice Breteau) nas 16 regiões da cidade, delimitadas pela Secretaria Municipal de Saúde para o planejamento de ações de combate e controle da doença, ficou em 0,2, ou seja, bem abaixo de 1, que é a classificação considerada como limite aceitável pelo Ministério da Saúde. Foram visitados 13.905 imóveis, no período de 15 a 28 de outubro. O índice Breteau corresponde ao número de imóveis onde foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti, durante a avaliação.

Apesar disso, foi encontrado um grande número de recipientes, ou seja, de criadouros, em condições favoráveis para a proliferação do mosquito, o que chamou a atenção dos técnicos do CCZ. Durante o levantamento, foram encontrados, em toda a cidade, 12.210 criadouros, dos quais 5.500 (45%) estavam com água. Do total de criadouros com água, em 38 haviam larvas.

Quanto aos tipos de criadouros encontrados, os mais comuns foram: lona (18,4%), balde (13,1%), latas e caixas d´água (10,5%), tambor (7,8%), pneus, plantas aquáticas, piscinas fixas e bebedouros de animais (5,2%).

Em todo o período da pesquisa, foram coletadas 248 larvas de Aedes aegypti. Deste total, 42,9% estavam em bairros da região leste (Campos de São José, Jardim São José II, Parque Nova Esperança, Santa Cecília, Santa Maria, Santa Inês e Ebenezer).

O restante das larvas estavam divididas em 33,3% em bairros da zona Sul (Satélite e Palmeiras de São José), 11,6% no Centro (Jardim Esplanada, Jardim Maringá, Jardim Apolo I, Vila Ema ), 11,2% na região norte (São Francisco Xavier e Jaguari) e 1,2% na região oeste (Jardim Alvorada).

Segundo a gerente do CCZ, embora o índice larvário não esteja alto, o grande número e o tipo de criadouros encontrados coloca os técnicos em estado de atenção. “Isso deixa claro a importância do monitoramento constante e do permanente trabalho de educação, orientando a população sobre os riscos. O trabalho não para nunca.”

De acordo com a gerente, nos dias quentes e com chuva, comuns nesta época do ano, o ciclo do mosquito é mais curto, passando da fase ovo para a adulta em apenas seis dias. O que faz com que a vigilância seja ainda mais importante neste período. “Não podemos baixar a guarda, nem um minuto”, disse.

Neste ano, já foram registrados 1.604 casos de dengue na cidade (1.496 autóctones e 108 importados). Também registramos 18 casos de Zika Vírus e 8 casos de Chicungunya, todos importados.