Avaliação de densidade larvária mantém município em alerta
08/02/2017
Pote com água parada
Foram encontrados 10.988 recipientes em condições de acumular água, sendo que 59% tinham o líquido no momento da vistoria Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Secretaria de Saúde

A primeira avaliação de densidade larvária do ano, elaborada pela Prefeitura, revelou um índice de 1,0, que representa estado de alerta em relação à infestação do Aedes aegypti em São José dos Campos.

O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (8). O índice larvário (Breteau) corresponde ao número de imóveis onde foram encontradas larvas do mosquito durante a avaliação.

A classificação 1,0 é considerada como limite aceitável pelo Ministério da Saúde. Considerando a média de toda a cidade, para cada 100 imóveis pesquisados 1 continha larva positiva.

As equipes de controle de zoonoses visitaram 12.497 imóveis (407 quadras) de todas as regiões no período de 16 a 30 de janeiro. Já era esperado o índice larvário em torno de 1,0 devido ao período chuvoso nesta época do ano. No mesmo mês do ano passado, o índice foi de 1,4.

O índice foi maior na região central - em bairros como Esplanada, Jardim Apolo, Esplanada do Sol, Vila Ady-Anna, Vila Ema e adjacências -, que apontou classificação de 4,6. Das 16 áreas pesquisadas, 8 apresentaram índice de 1 a 4 (estado de alerta) e as demais até 1 (satisfatório).

Durante o levantamento, foram encontrados 10.988 recipientes em condições de acumular água (possíveis criadouros), sendo que 6.519 tinham o líquido no momento da vistoria (59%).

Nos dias quentes e com chuva, comuns nesta época do ano, o ciclo do mosquito é mais curto, passando da fase ovo para a adulta em apenas seis dias. Isso exige uma vigilância maior por parte dos técnicos, e aumenta a responsabilidade da população quanto à eliminação dos possíveis criadouros.

Apesar do estado de alerta, em janeiro foi constatada baixa circulação do vírus da dengue em São José dos Campos. Foram registrados 43 casos positivos da doença, sendo 3 autóctones (contraídos na cidade) e 3 importados. Os demais 37 estão em fase de definição do local provável de infecção.

O número é bem inferior ao encontrado no mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2016, foram registrados 252 casos de dengue. Neste ano, há 4 casos de chikungunya, todos importados, e nenhum de zika.

Arrastão

O segundo arrastão do ano de combate ao Aedes aegypti será justamente na região central da cidade, que apresentou maior concentração de larvas. Por ser uma área muito extensa, o mutirão começa já nesta sexta-feira (10) e prossegue no sábado (11), das 9h às 16h. Ao todo, 64 agentes vão vistoriar aproximadamente 3.200 imóveis.

Na sexta-feira, o arrastão terá 4 equipes nos bairros Vila Icaraí, Vila Madalena, Jardim Renata, Vila Guaianazes, Jardim Margarete, Jardim Nossa Senhora de Fátima, Vila Santa Luzia, Vila Rubi, Jardim Azevedo e Jardim Jaci.

No sábado, serão 8 equipes, que vão visitar os bairros Esplanada do Sol, Vale dos Pinheiros, Vila Santa Rita, Jardim Esplanada 1 e 2, Jardim Nova Europa, Jardim Apolo 1 e 2, Vila Ema.

O primeiro arrastão de do ano foi realizado no sábado (4), na região do Putim (sudeste), onde foram visitados cerca de 3 mil imóveis.

O objetivo dos arrastões é retirar o maior número possível de criadouros, retirando objetos que podem acumular água, além de fazer uma varredura contra o mosquito. Os agentes passarão de casa em casa, orientando e auxiliando os moradores a descartar todo o material que pode ser descartado e aplicando larvicida em criadouros fixos. Um caminhão vai transportar todo o material.