Homem de 100 anos vai à UBS para tomar vacina contra a gripe
17/04/2017
Kenzo Takahashi toma vacina na UBS do Satélite
Acompanhado das filhas, Kenzo Takahashi foi um dos primeiros a chegar na Unidade Básica de Saúde do Satélite para ser vacinado Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Secretaria de Saúde

Aos cem anos de idade e acompanhado de suas duas filhas, Kenzo Takahashi foi um dos primeiros a chegar na Unidade Básica de Saúde do Jardim Satélite, na região sul de São José dos Campos, para tomar a vacina contra a influenza (gripe H1N1). Ele fez questão de ser vacinado logo no primeiro dia de vacinação porque estava se sentindo disposto e queria ficar protegido contra o vírus H1N1.

A enfermeira Suzana Claudino, da UBS do Jardim Satélite, também se vacinou no primeiro dia da campanha. Ela faz parte do grupo de profissionais da saúde, que precisa estar imunizado devido ao contato diário com os pacientes. “Assim garantimos nossa proteção e a dos usuários que vêm até a unidade”, disse.

Na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação, que começou nesta segunda-feira (17), trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados e as pessoas com 60 anos ou mais são os públicos-alvo. Em São José dos Campos, a meta é vacinar, no total, mais de 192 mil pessoas, consideradas de risco para complicações para a gripe. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% desta população.

As vacinas estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), das 8h às 17h. A campanha vai até o dia 26 de maio, sendo 13 de maio o Dia de Mobilização Nacional.

Este ano, dois novos grupos foram incluídos na campanha: os professores e pessoas ligadas ao sistema prisional (detentos e funcionários). A orientação da Secretaria de Estado da Saúde é que os municípios façam um escalonamento da vacinação para o atendimento a todos os grupos de risco.

A partir do dia 24 de abril, serão vacinadas as gestantes, puérperas, crianças (6 meses a menores de 5 anos de idade) e indígenas; a partir do dia 2 de maio será a vez das pessoas acometidas por comorbidades (portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independente da idade); a partir do dia 8 de maio serão vacinados os professores e todos os outros grupos anteriores; e 13 de maio, sábado, será o Dia D da campanha.

Segundo estimativas da Secretaria de Saúde do Estado, São José dos Campos tem 40.010 crianças de 6 meses a 5 anos, 21.084 trabalhadores de saúde, 7.453 gestantes, 1.225 puérperas e 63.332 idosos. Não se tem uma estimativa sobre o número de professores e pessoas ligadas ao sistema prisional.

Em 2016, no estado de São Paulo foram registrados 20.918 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, sendo que 2.558 (12,2%) evoluíram a óbito. Em 2017, ainda no período intersazonal, foram registrados 920 casos de SRAG, incluindo 78 óbitos.
 
Em São José dos Campos, neste ano foram registrados 2 casos de H1N1 e três de H3N2, sem óbito. Em 2016, foram 49 casos de H1N1, com 11 óbitos, e nenhum caso de H3N2.

Vacina

A influenza (gripe) é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e mundiais.

A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que, após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Os vírus influenza, pertencentes à família Orthomyxoviridae, subdividem-se em três tipos - A, B e C -, de acordo com a diversidade antigênica, podendo apresentar mutações. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, com duração variável, e frequentemente associados ao aumento das taxas de hospitalização e óbito.

O período de incubação dos vírus influenza varia entre um e quatro dias. A maioria das pessoas infectadas recupera-se dentro de uma a duas semanas. Entretanto, em crianças, gestantes, puérperas, idosos e pessoas com doenças crônicas, a infecção pelo vírus influenza pode levar às formas clinicamente graves, como as infecções respiratórias agudas e pneumonias, com risco de evoluir para óbito.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, anualmente, 5% a 15% da população mundial seja acometida pelo vírus influenza.