Festival de choro é atração no Parque Vicentina Aranha
17/04/2017
Fachada do pavilhão principal do conjunto arquitetônico do Parque Vicentina Aranha
Fachada do pavilhão principal do conjunto arquitetônico do Parque Vicentina Aranha, na Vila Ady Ana, região central da cidade Foto: Charles de Moura/PMSJC

Fundação Cultural Cassiano Ricardo

O Parque Vicentina Aranha abre as portas para o 2º Festival de Choro - Pixinguinha no Vale: Identidade do Vale do Paraíba na História do Choro, que ocorrerá em São José dos Campos, entre 18 e 23 de abril. A abertura da segunda edição do festival será nesta terça-feira (18) às 17h30. A recepção será feita com a comissão de frente deste do evento, a bandolinista Raquel Aranha, Alexandre Wuensche (violão de 7 cordas e arranjador) e Rogério Guarapiran (bandolinista e arranjador) e convidados. Após a apresentação, os presentes são convidados a apreciar a abertura de uma exposição de fotos de músicos do Vale do Paraíba, sob curadoria da fotógrafa Paula Loureiro.

Também será exibido um documentário produzido em 2016 pelo jornalista Luiz Faria sobre os Chorões do Vale. Finalizando a noite, uma Mesa de Debate com os convidados Luiz Faria (jornalista), Fábio Bueno (historiador) e André Bazanella (Iphan – Casa do Patrimônio de São Luiz do Paraitinga) sobre iniciativas patrimoniais que preservam a memória do choro.

Além de comemorar o Dia Nacional do Choro, pesquisadores e apreciadores objetivam fortalecer o gênero musical no Vale. O homenageado do ano do 2º Festival é Bonfíglio de Oliveira, compositor e trompetista de Guaratinguetá que desenvolveu carreira no Rio de Janeiro e é referência ao lado de Anacleto de Medeiros, Candinho, Pixinguinha e Luiz Americano. Atuou no Grupo da Velha Guarda, Diabos do Céu e nas orquestras populares de rádios e gravadoras da época.

No sábado (22) o 2º Festival realiza uma Oficina Musical de Choro das 9h às 11h. A oficina é livre para pessoas de todas as idades. Para participar, basta comparecer com o instrumento musical. No mesmo dia, das 16h às 18h, os participantes da oficina, instrutores e músicos são convidados a participar de uma roda de choro aberta ao público.

No Dia Nacional do Choro (23), as atividades do Festival de Choro do Vale começam no às 9h, com uma Oficina de Instrumentos. As oficinas livres ocorrerão nos quiosques do parque. Logo ao final da oficina, às 10h30, o Show Baianato, com Messias Britto, marcará o encerramento do evento. Ao lado dele, estarão Wesley Vasconcelos  (violão) e Rafael Castro (percussão).

Músico precoce e autodidata, Messias é natural de Euclides da Cunha (BA). Aos 14 anos, conheceu o choro ao ouvir Waldir Azevedo. Fascinado pelo gênero, formou com amigos o primeiro grupo de choro do sertão baiano, Os Chorões do Cumbe.

Em 2011 em São Paulo, formou o Quarteto Aeromosca. Admirado por nomes como Yamandu Costa e Armandinho Macedo, ele lançou o primeiro álbum, Baianato, em que, ao lado de um repertório quase totalmente autoral, registra a surpreendente interpretação da clássica Espinha de Bacalhau, do compositor pernambucano Severino Araújo.