Trabalho no Centro de Triagem muda a vida dos cooperados
20/04/2017
Ciça Maria dos Santos
Ciça: “Meu marido é aposentado e tenho dois netos que moram comigo e que preciso sustentar, dependo muito deste trabalho” Foto: Beto Freitas/PMSJC

Secretaria de Apoio Social ao Cidadão

Há quase um mês, desde que assumiram a separação dos materiais recicláveis no Centro de Triagem da Urbam, os integrantes das cooperativas Futura, Cooper Alfa e Coopertech estão contentes com as boas expectativas de vendas, além de estarem se qualificando para o trabalho em equipe.

O trabalho de separação começa logo cedo, às 7h e vai até as 22 horas. Nas esteiras, em sistema de revezamento, as mais de cem famílias, totalizando 165 pessoas, trabalham separando os diversos tipos de vidros, papéis, plásticos, metais e isopor.

Muitos estão contentes com a possibilidade de aumentar a renda mensal com a venda dos materiais recicláveis, que chegam dos caminhões da coleta seletiva feita pela Urbam. Antes, além de separar, as famílias precisavam também coletar os materiais.

Tem famílias inteiras trabalhando no processo da reciclagem. É o caso de Sebastião Paulo Barbosa, 70 anos, que levou as filhas e netos para o local. “Tem mais de dez anos que atuo no ramo da reciclagem e agora estou contente porque aqui é mais fácil para trabalharmos, pois tem mais estrutura”.

A filha de Sebastião, Cláudia Regina da Silva Rodrigues, 47 anos, disse que foi convidada pelo pai e pelo cunhado para integrar o grupo. “Eles já trabalhavam com isso e trouxeram também meus dois filhos e minha irmã. O trabalho me fez compreender a importância e o valor que o lixo tem. Afinal, é daqui que sairá meu sustento. O que aprendi aqui aplico em casa fazendo a separação de item por item”, contou a cooperada da Coopertech.

Santina Fernandes da Luz, 63 anos, moradora do bairro Jardim Nova Esperança (região leste de São José dos Campos), está na cooperativa Futura há 11 anos. Viúva, ela cuida de 8 filhos, 15 netos e 3 bisnetos. O que ganha é a principal renda que sustenta a família. “Estou me sentindo muito feliz aqui".

A cooperada Ciça Maria dos Santos, 59 anos, contou que seu trabalho é imprescindível para o sustento de sua casa. “Meu marido é aposentado e tenho dois netos que moram comigo e que preciso sustentar. Dependo muito deste trabalho”.

Quem não pensa em parar de trabalhar tão cedo na cooperativa é Sueli de Fátima Fabrício da Silva, 56 anos. “Tenho muito orgulho do que faço e estou aprendendo demais com o trabalho aqui em grupo”.

José Nivaldo de Melo, conhecido como Pelé, integrante do conselho fiscal da Cooper Alfa, disse que trabalha com a coleta de materiais recicláveis desde os 8 anos de idade e que esta oportunidade, certamente, vai melhorar a vida de muitas famílias. “Parece um sonho a reunião de todas as cooperativas aqui no Centro de Triagem. Já está sendo ótimo. Queremos trabalhar certinho para alcançar os objetivos para todos os cooperados. Estamos felizes e estou vendo que teremos renda para dividir e melhorar a qualidade de vida de cada um que está trabalhando aqui”.