Representantes de entidades e associações de São José dos Campos e a população, em geral, aprovaram a iniciativa da Prefeitura que cria a Atividade Complementar --programa que permite à Guarda Civil Municipal (GCM) trabalhar no contraturno da corporação, de forma facultativa e espontânea, para a segurança pública na cidade.

O projeto de lei, de autoria da Prefeitura, foi aprovado entre os vereadores na sessão da última quinta-feira (20). O  documento retorna para o Paço nesta terça (25), para ser sancionado.

Além de promover a sensação de segurança entre a população, a Atividade Complementar estará disponível para a sociedade civil organizada, como associações, entidades, sociedades de amigos de bairro, estabelecimentos comerciais e organizações de eventos e feiras, em áreas públicas.

O guarda-civil que optar por exercer a atividade complementar, será paga uma bonificação, calculada sobre o valor da hora-atividade estabelecida, que será fixada mediante decreto municipal.

A notícia foi bem recebida pela presidente da Associação Profissional dos Feirantes de São José, Maria do Socorro de Albuquerque, responsável por coordenar 43 feiras livres no município, incluindo as duas noturnas em Santana e no Jardim Satélite.

“Sempre pedi a presença da GCM nas feiras. É algo que veio para acrescentar ao trabalho dos feirantes. Hoje, algumas feiras têm seguranças particulares por conta dos casos de assaltos e roubos”, contou. “Estamos torcendo para que a proposta seja boa não só para a Guarda, mas também para os feirantes”, completou.

Segundo ela, as maiores feiras livres do município --as que acontecem aos domingos em Santana, na zona norte, e na avenida Heitor Villa Lobos, na região central, devem optar pela atividade complementar da GCM. “Essas são as maiores feiras na cidade e há necessidade de termos mais segurança tanto para os clientes, quanto para os feirantes”, afirmou Maria do Socorro.

Com mais policiais militares e guardas-civis municipais trabalhando no tempo disponível, a cidade vai ampliar a segurança nas ruas. “Sou a favor (atividade delegada) porque inibe a atitude de suspeitos que gostam de furtar ou roubar”, ressaltou a moradora da Vila Adyana, Eliane Aparecida.

O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), José Humberto Linhares Dutra, avaliou as futuras parcerias como positivo para ambos os lados, tanto para a GCM quanto para os sócios da entidade.

“Entendo que é um advento a mais no sentido de protegermos os negócios e, principalmente, as pessoas. Obviamente é de extrema importância desde que façamos uma ação coordenada com o poder público e com os próprios comerciantes”, disse. “Temos muitos trabalho pela frente e podemos ter diversos benefícios com esse convênio como a questão dos ambulantes. Com a GCM atuando nos comércios, os ambulantes se sentirão coibidos”, completou.