Bebês prematuros passam a receber medicamento na cidade
16/05/2017

Secretaria de Saúde

A Prefeitura de São José dos Campos conseguiu autorização do Governo do Estado, por meio do Grupo de Vigilância Epidemiológica (VGE 17), para atender, no próprio município, os recém-nascidos prematuros e crianças com doença pulmonar crônica e cardiopatia congênita com o medicamento Palivizumabe, necessário para prevenção das infecções do trato respiratório.

Pais e responsáveis não vão mais precisar se deslocar com as crianças até Taubaté para receber esse medicamento específico, oferecido gratuitamente na rede pública. A aplicação será feita em São José dos Campos, que também passa a ser referência para a região, que compreende os municípios de Caçapava, Jacareí, Santa Branca, Monteiro Lobato, Jambeiro, Paraibuna e Igaratá.

Assim, a partir deste mês, a aplicação do medicamento para as crianças que já deixaram o hospital será feita no Projeto Casulo, uma unidade da Secretaria de Saúde localizada na região central do município.

Profissionais médicos e da área de enfermagem da Prefeitura estão sendo treinados para fazer o manuseio e aplicação do medicamento, que é fundamental em crianças com risco de contrair o vírus sincicial respiratório (VSR). Por se tratar de um medicamente caro – uma dose custa aproximadamente R$ 3 mil – há um controle rigoroso quanto ao manuseio e aplicação.

O Palivizumabe é um anticorpo, que apresenta atividade neutralizante e inibitória do vírus causador das infecções respiratórias. Provoca imunização passiva, o que o diferencia das vacinas. Têm direito ao medicamento todas as crianças prematuras nascidas com idade gestacional menor que 28 semanas e com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias). Também podem receber o medicamento crianças com idade inferior a 2 anos que tenham doença pulmonar crônica da prematuridade ou doença cardíaca congênita.

No ano passado, 75 crianças de São José dos Campos receberam o medicamento. Em 2017, até o momento, 10 crianças estão habilitadas a receber o anticorpo. O medicamento é aplicado no período de sazonalidade do vírus, que na região sudeste se dá entre os meses de março a julho. As crianças recebem 5 doses, uma por mês, sendo que a primeira é administrada um mês antes do início do período de sazonalidade do vírus.

Na avaliação da Prefeitura, é de grande importância o fato de as crianças não precisarem mais se deslocar para Taubaté, já que muitas delas têm a saúde fragilizada em consequência da prematuridade. 

Além disso, elas poderão ser melhor acolhidas e acompanhadas mais de perto pela equipe multidisciplinar do Projeto Casulo, que oferece máxima atenção a gestantes e recém-nascidos que necessitam de cuidados especiais.