No auditório da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza), no Parque Industrial, região sul, cerca de 150 pessoas participaram de uma roda de conversa coordenada pela Secretaria de Apoio Social ao Cidadão, envolvendo o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente). Foram abordadas questões relacionadas à conscientização e mobilização. Também estiveram presentes representantes da Fundhas, Promotoria Pública e diversos conselhos que atuam na área da infância e juventude.

Para o promotor da Vara da Infância e Juventude, Fausto Junqueira de Paula, ações de mobilização e conscientização devem ser permanentes, pois elas ajudam a desvendar situações e a preparar as pessoas para agir de forma adequada quando elas se depararem com os casos de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes.

“Estamos conseguindo pegar mais abusadores, pois a sociedade está participando mais. Só em março, no estado de São Paulo, foram denunciados 31 casos por dia”, disse.

As ações envolveram também as unidades dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) da Prefeitura. Trinta pessoas estiveram presentes no Cras Centro para acompanhar as apresentações de violino e canto coral de 20 crianças do Projeto Guri (mantido pelo Governo do Estado, que oferece cursos para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos) às famílias atendidas pela unidade. 

No Cras Alto da Ponte, região norte, cerca de 160 pessoas prestigiaram a apresentação musical dos alunos da Fundhas. Houve também apresentações de dança, sapateado, hip-hop de um grupo de jovens da Asin (Associação Síndrome de Down), oficina de desenho e declamação de poemas e

m alusão ao combate à exploração infantil. 

Para o desenhista e ilustrador Ronald Chauca, a arte é uma ferramenta de prevenção e alerta. “Através da arte, é possível fomentar valores e, inclusive, chamar a atenção dos jovens quanto à prevenção ao abuso infantil”, disse o coordenador da oficina de desenho.

A professora de artes Camila Andor, da Escola Municipal Ana Berling Macedo, afirmou que as atividades lúdicas ajudam na melhor compreensão do público. “Nada melhor como um dia cheio de ações como esse, fora da sala de aula, para chamar a atenção dos jovens sobre a exploração infantil”, disse.

“Quanto mais informação, mais conseguimos ajudar nossas crianças”, comentou a dona de casa Vânia de Freitas Sousa, beneficiária de programa assistencial pelo Cras Alto da Ponte. 

Alunos da unidade da Fundhas do Novo Horizonte (região leste) convidaram os moradores para participar da caminhada programada para esta sexta-feira (19), às 13h30, no bairro.

A caminhada deverá começar na Avenida Tancredo Neves, altura do número 5.500, onde serão realizadas atividades culturais. Grupos da comunidade e de outras unidades da Fundhas farão apresentação de dança e música, sempre enfocando a questão do combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.

A fanfarra da Fundhas acompanhará a caminhada e fará uma parada para apresentação na Praça 1º de Maio. Todo o percurso será acompanhado por guardas civis municipais e agentes de trânsito.  

Também na sexta-feira, o Cras da Vila Industrial (região leste) realizará uma caminhada no bairro, envolvendo escolas, unidades de saúde e a comunidade, com apoio dos agentes de trânsito. A concentração será na Praça José Molina, 150. O encerramento está previsto para ocorrer no centro comunitário, com atividades esportivas. 

E no sábado (20), a partir das 8h30, será feita uma panfletagem, que terá concentração na Praça da Matriz, no centro da cidade, com apresentação da fanfarra da Fundhas. Posteriormente, os conselheiros do CMDCA se deslocarão à Rodoviária Velha para abordagem e conscientização das pessoas.