A Prefeitura de São José dos Campos ampliou o programa Hortas Comunitárias para mais cinco unidades básicas de saúde. Neste mês de maio, o projeto foi implantado nas UBSs da Vila Paiva (região norte), Jardim Oriente (região sul), São Judas Tadeu (região sudeste), Bosque dos Eucaliptos (região sul) e Parque Industrial (região sul).  

O objetivo do projeto é implantar hortas comunitárias no quintal das unidades que possuem terreno disponível para o plantio. Agora, são 22 unidades (55% do total), desenvolvendo o programa. 

As demais hortas são desenvolvidas em todas as regiões da cidade, nas unidades do Altos de Santana, Putim, Campos de São José, São Francisco Xavier, Interlagos, Jardim São José 2, Eugênio de Melo, Limoeiro, Paraíso do Sol, Novo Horizonte-Santa Hermínia, Santana, Detroit, Dom Pedro, Buquirinha, Santa Inês, Chácaras Reunidas e Vila Nair.  

O programa é desenvolvido pelas secretarias de Saúde (Programa de Nutrição) e de Urbanismo e Sustentabilidade (Assessoria de Educação Ambiental), com o objetivo de estimular a alimentação saudável e incentivar o cultivo de hortaliças, ervas e temperos, produzidas de forma mais natural possível, com um mínimo de agrotóxicos. 

O cuidado diário da horta fica sob responsabilidade de voluntários da comunidade, bem como de funcionários da UBS com perfil para esta atividade. Eles recebem treinamento, mudas e apoio técnico do Programa de Hortas Urbanas, da Assessoria de Educação Ambiental, Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, e as unidades de saúde recebem equipamentos de proteção individual, ferramentas, composteira e sementes, fornecidos pelo Programa de Nutrição da Secretaria de Saúde. Até o momento, 143 voluntários participaram das capacitações.

Segundo o nutricionista Elizabeth Bismarck, coordenadora do Programa de Nutrição, tendo em vista a prevalência mundial de obesidade, torna-se necessário o planejamento de ações de nutrição voltadas para o resgate à alimentação saudável. 

“O projeto também tem o objetivo de incentivar a organização de grupos da comunidade para o trabalho em regime de economia solidária como forma alternativa de produção de alimentos destinados aos membros das famílias e comunidade de entorno”, afirmou.

A distribuição dos alimentos produzidos considera os critérios de inclusão, como vulnerabilidade social (famílias que vivem abaixo da linha da pobreza), estado nutricional (presença de desnutrição e/ou excesso de peso em menores de cinco anos, gestantes, nutrizes e idosos) e presença de patologia, onde a nutrição faça parte do tratamento.

Os voluntários responsáveis pelo cuidado com a horta também têm direito ao recebimento da produção da horta. A distribuição das hortaliças ocorre durante os grupos educativos conduzidos nas unidades de saúde. A cada nova colheita, outras pessoas podem receber a produção, de forma que em longo prazo, todas as famílias elencadas poderão se beneficiar do programa.

“Trata-se de um projeto que tem como foco principal o estímulo concreto à alimentação saudável, com envolvimento da comunidade local e que trabalha questões como nutrição, solidariedade, preservação do meio ambiente e promoção da saúde”, concluiu Elizabeth.