Prefeitura vai plantar 40 mudas de árvores no Ribeirão Vermelho
06/06/2017
O Parque Ribeirão Vermelho ocupa uma área de 250 mil metros quadrados e dispõe de espaços para a prática de esporte e lazer
O Parque Ribeirão Vermelho ocupa uma área de 250 mil metros quadrados e dispõe de espaços para a prática de esporte e lazer Foto: Charles de Moura/PMSJC

Secretaria de Gestão Habitacional e Obras

A Prefeitura de São José dos Campos realiza nesta quarta-feira (7) o plantio de 40 mudas de árvores no Parque Ribeirão Vermelho, no bairro Urbanova, na zona oeste, como parte da compensação pela retirada das figueiras das praças Dom Bosco e Cônego Lima, localizadas na região central da cidade.

A árvore centenária da Praça Dom Bosco foi cortada no último dia 4. Já a supressão da figueira da Praça Cônego Lima foi programada para o próximo domingo (11).

O plantio das 40 mudas de ipês-brancos, ipês-amarelos, ipês-rosas e quaresmeiras será feito por 20 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Mercedes Carnevalli Klein, do Jardim Satélite (zona sul), dentro do programa de educação ambiental da Prefeitura. Os estudantes têm entre 12 e 14 anos.

A compensação ambiental pela retirada das figueiras será executada pela Secretaria de Manutenção da Cidade, mas o evento desta quarta-feira também envolve as secretarias de Urbanismo e Sustentabilidade, Educação e Cidadania, Esporte e Qualidade de Vida e Gestão Habitacional e Obras.

O plantio das 40 mudas conta ainda com o apoio da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de São José dos Campos e ocorrerá em meio à Semana do Meio Ambiente.  
 
Parque

O Parque Ribeirão Vermelho foi inaugurado no ano passado. É um parque linear, que cumpre a função de proteção dos recursos hídricos da sub-bacia do Ribeirão Vermelho, da biodiversidade local e da vegetação nativa.

O evento desta quarta-feira dará início à implantação do projeto paisagístico do parque, que prevê o plantio de mais 150 árvores.

O Parque Ribeirão Vermelho tem aproximadamente 250 mil metros quadrados e dispõe de áreas para a prática de esporte e lazer, além de um bosque com mata nativa.

Figueiras

Como compensação pelo corte das duas figueiras, haverá ainda o plantio de outras 82 mudas de árvores na região central até o final do mês. O Ministério Público recomendou o plantio de 90 mudas, mas a Prefeitura ampliou para 122.
A retirada da raiz da árvore suprimida na Praça Dom Bosco, programada para ter início nesta quarta-feira, foi adiada e ocorrerá quando parar de chover.

O serviço, conhecido como destoca, será realizado pela Secretaria de Manutenção da Cidade e terá duração de dois dias. Durante o trabalho, a praça será isolada, mas não haverá intervenções no tráfego da região.

Após a conclusão da retirada da raiz, a Prefeitura vai trocar a terra do local, que está contaminada por fungos, preparando o solo para o plantio da figueira-branca nativa, que vai substituir a árvore retirada da praça. O plantio será realizado até o final do mês. Será uma espécie já desenvolvida, de cerca de 3 metros de altura. A Prefeitura também realizará uma recomposição paisagística da Praça Dom Bosco.

Replantios e compensações ambientais são práticas adotadas pela Prefeitura em casos de supressão de árvores. Nos próximos dias, a Prefeitura deverá ainda recolocar os bancos na praça.

No caso da figueira da praça Cônego Lima, ela também será substituída por uma figueira-branca nativa.
 
Laudos

O corte das duas árvores foi liberada pelo Ministério Público, após vistoria realizada na última terça-feira (30) por técnicos do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução) da Promotoria, que corroborou os laudos que determinaram a retirada das árvores devido ao estado precário e de envelhecimento que elas apresentam, oferecendo riscos à integridade física da população.

O corte da figueira da Praça Dom Bosco foi determinado em laudo técnico assinado em 18 de abril pela engenheira agrônoma Flávia Peloggia, da Assessoria de Arborização e Áreas Verdes da Prefeitura, e corroborado em laudo técnico de 18 de maio assinado pelos engenheiros agrônomos José Luiz de Carvalho e Lilian Marcondes Braga, do Instituto Florestal de São Paulo. Os laudos foram precedidos por rigorosas vistorias e atestam que não há possibilidade de recuperação da árvore.

Somente em março, três galhos caíram e havia risco iminente de novos acidentes. A Praça Dom Bosco, a exemplo da Cônego Lima, fica na região central,  em um local de grande fluxo de pessoas, carros e ônibus.

A árvore centenária era tombada pelo Comphac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural), que também deu autorização para o corte durante reunião realizada no dia 25 de abril.

No caso da figueira da praça Cônego Lima, a supressão também foi determinada em laudos da Prefeitura e do Instituto Florestal de São Paulo e corroborada pelo Ministério Público, após vistoria técnica. O Comphac autorizou a remoção em reunião realizada no dia 30 de maio.