A Prefeitura de São José dos Campos realizou, nesta quarta-feira (7), o plantio de 40 mudas de árvores no Parque Ribeirão Vermelho, no bairro Urbanova, na zona oeste, como parte da compensação pela retirada das figueiras das praças Dom Bosco e Cônego Lima, localizadas na região central da cidade.

Os ipês-brancos, ipês-amarelos, ipês-rosas e quaresmeiras foram plantados por 20 alunos, de 12 a 14 anos, da Escola Municipal Mercedes Carnevalli Klein, do Jardim Satélite (zona sul) e frequentadores do parque.

A figueira centenária da Praça Dom Bosco foi cortada no último dia 4. Já a supressão da figueira da Praça Cônego Lima foi programada para o próximo domingo (11).

A compensação ambiental pela retirada das figueiras será executada pela Secretaria de Manutenção da Cidade, mas o evento desta quarta-feira também envolveu as secretarias de Urbanismo e Sustentabilidade, Educação e Cidadania, Esporte e Qualidade de Vida e Gestão Habitacional e Obras.

O plantio das 40 mudas contou ainda com o apoio da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de São José dos Campos e ocorreu em meio à Semana do Meio Ambiente.

Como compensação pelo corte das duas figueiras, haverá ainda o plantio de outras 82 mudas de árvores na região central até o final do mês. O Ministério Público recomendou o plantio de 90 mudas, mas a Prefeitura ampliou para 122.

Alunos destacaram a emoção de plantar as árvores e contribuir para a preservação do meio ambiente.

“É a primeira vez que estou plantando uma árvore. É um dia muito importante, que vou guardar para sempre. É muito bom sentir esta interação com a terra quando plantamos uma árvore. Estou me sujando para ajudar o meio ambiente e isto não tem preço”, disse Luiz Felipe Jesus Silva, 12 anos.

“Já tinha plantado árvores, mas a emoção sempre é muito grande. Estou me sentindo muito bem por dar minha contribuição para o meio ambiente e também ajudar o Parque Ribeirão Vermelho a ficar mais atraente e bonito”, afirmou Laíssa Modesto, 12 anos.

A estudante Maria Eduarda dos Santos Silva, 14 anos, também comemorou a oportunidade de plantar uma árvore. “Gostei muito de plantar esta árvore. Estou me sentindo importante e estou feliz por ajudar o meio ambiente.

Frequentadores do Parque Ribeirão Vermelho elogiaram a iniciativa da Prefeitura de plantar árvores no local e ao mesmo tempo realizar a compensação ambiental pelo corte das figueiras das praças Dom Bosco e Cônego Lima.

O projeto paisagístico do parque, iniciado nesta quarta-feira com o plantio das 40 árvores, prevê ainda a implantação de outras 150 mudas.

“As árvores vão dar mais vida para o Parque Ribeirão Vermelho. Como frequentadora diária do parque, estou muito feliz. Entendi a necessidade de cortar as figueiras por questões de segurança e me alegro de saber que já está havendo a compensação ambiental”, disse a dona de casa Cecília Rodrigues Teixeira, 55 anos, que mora no bairro Urbanova.

“É muito importante que se plante muitas árvores aqui no Parque Ribeirão Vermelho. Além de deixar o parque mais bonito, a Prefeitura está sendo rápida na compensação ambiental pelo corte das figueiras. A Prefeitura está de parabéns”, afirmou a auxiliar administrativa Lídia Sudo, 40 anos, que também reside no bairro Urbanova.

A Prefeitura de São José realizou nesta quarta a retirada da raiz da árvore suprimida na Praça Dom Bosco. O serviço, conhecido como destoca, foi feito pela Secretaria de Manutenção da Cidade.

Com a conclusão da retirada da raiz, a Prefeitura vai trocar a terra do local, que está contaminada por fungos, preparando o solo para o plantio da figueira-branca nativa, que vai substituir a árvore retirada da praça. O plantio será realizado até o final do mês. Será uma espécie já desenvolvida, de cerca de 3 metros de altura. A Prefeitura também realizará uma recomposição paisagística da praça.

Replantios e compensações ambientais são práticas adotadas pela Prefeitura em casos de supressão de árvores. Nos próximos dias, a Prefeitura deverá ainda recolocar os bancos na praça.

No caso da figueira da Praça Cônego Lima, ela também será substituída por uma figueira-branca nativa.

O corte das duas árvores foi liberadO pelo Ministério Público, após vistoria realizada na última terça-feira (30) por técnicos do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução) da Promotoria, que corroborou os laudos que determinaram a retirada das árvores devido ao estado precário e de envelhecimento que elas apresentam, oferecendo riscos à integridade física da população.

O corte da figueira da Praça Dom Bosco foi determinado em laudo técnico assinado em 18 de abril pela engenheira agrônoma Flávia Peloggia, da Assessoria de Arborização e Áreas Verdes da Prefeitura, e corroborado em laudo técnico de 18 de maio assinado pelos engenheiros agrônomos José Luiz de Carvalho e Lilian Marcondes Braga, do Instituto Florestal de São Paulo. Os laudos foram precedidos por rigorosas vistorias e atestam que não há possibilidade de recuperação da árvore.

Somente em março, três galhos caíram e havia risco iminente de novos acidentes. A Praça Dom Bosco, a exemplo da Cônego Lima, fica na região central,  em um local de grande fluxo de pessoas, carros e ônibus.

A árvore centenária era tombada pelo Comphac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural), que também deu autorização para o corte durante reunião realizada no dia 25 de abril.

No caso da figueira da praça Cônego Lima, a supressão também foi determinada em laudos da Prefeitura e do Instituto Florestal de São Paulo e corroborada pelo Ministério Público, após vistoria técnica. O Comphac autorizou a remoção em reunião realizada no dia 30 de maio.