Rua 15 terá trecho interditado para retirada de figueira
08/06/2017

Secretaria de Manutenção da Cidade

A Prefeitura de São José dos Campos vai retirar, neste domingo (11), a figueira da praça Cônego Lima, na região central. O serviço será realizado pela Secretaria de Manutenção da Cidade e terá início às 7h, com previsão de ser concluído até as 18h. Em caso de chuva, o trabalho será suspenso.

Para o corte da árvore, o trecho da rua 15 de Novembro onde fica a praça estará totalmente interditado durante a execução do serviço.

Os motoristas que estiverem na rua 15 de Novembro e quiserem se dirigir sentido ao Mercado Municipal terão que percorrer caminho alternativo pela rua Coronel José Monteiro, rua Rui Dória e rua Sebastião Humel. Já os motoristas que estiverem trafegando pela rua Francisco Raphael terão que seguir pela rua Siqueira Campos para chegar ao Mercado Municipal.

Os motoristas que estiverem na rua 15 de Novembro em direção aos bairros da zona norte também terão que fazer o desvio pela rua Coronel José Monteiro, rua Rui Dória e rua Sebastião Humel, onde conseguirão ter acesso novamente à rua 15 de Novembro. Outra alternativa de acesso aos bairros da zona norte é seguir direto pela rua Francisco Raphael.
No último dia 4, a Prefeitura suprimiu a figueira da Praça Dom Bosco, também na região central. Nos dois casos, as árvores serão substituídas por figueiras-brancas nativas, o que está previsto para ocorrer até o final do mês. Haverá ainda o plantio compensatório de 122 árvores, sendo que 40 já foram implantadas no Parque Ribeirão Vermelho, no Urbanova (zona oeste), na última quarta-feira (7). As outras 82 ficarão na zona central da cidade.

Laudos

A figueira da praça Cônego Lima que será retirada neste domingo tem cerca de 150 anos e possui 20 metros. O corte é urgente, já que o local possui grande fluxo de pessoas e carros e há possibilidade de queda de galhos, colocando em risco a integridade física da população.

A árvore é tombada pelo Comphac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural), que deu autorização para o corte em reunião no dia 30 de maio.

De acordo com a Assessoria de Arborização e Áreas Verdes da Prefeitura, a supressão está respaldada pela Lei de Arborização de São José (Lei Municipal 5.097/1997) e pelo Decreto Municipal 7.668, de 1992, sobre imunidade de corte. 

O laudo da Prefeitura atesta perda de 70% do tecido vegetal. Já o laudo do Instituto Florestal de São Paulo, de 18 de maio último, aponta risco de queda da figueira, já que foi constatado desequilíbrio devido à morte de galhos em apenas um dos lados.

Os laudos foram assinados após rigorosas visitas técnicas e determinaram a retirada da árvore. O diagnóstico é semelhante ao da figueira suprimida na Praça Dom Bosco: infestação por fungos, madeira podre, danos nas raízes e queda de folhas e galhos, problemas que inviabilizam a recuperação da árvore.

Em 24 de outubro do ano passado, já foi registrada a queda de um galho grande.

As outras duas figueiras da Praça Cônego Lima já foram retiradas pela Prefeitura em 2004 e 2009 após se esgotarem as possibilidades de recuperação.

Dom Bosco

O laudo da Prefeitura para supressão da figueira da Praça Dom Bosco foi assinado em 18 de abril último e  corroborado por laudo do Instituto Florestal.

A Prefeitura já realizou a retirada da raiz e nos próximos dias fará a troca da terra do local, que está contaminada por fungos. Também serão recolocados os bancos da praça, que fica em local de grande fluxo de pessoas, carros e ônibus.

Os cortes das figueiras das praças Dom Bosco e Cônego Lima foram liberados pelo Ministério Público após vistoria realizada no dia 30 de maio por técnicos do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução) da Promotoria, que corroborou os laudos que determinaram a retirada das árvores devido ao estado precário e de envelhecimento que elas apresentam, oferecendo riscos à integridade física da população.

Larissa Albernaz, titular da 2ª Promotoria de Justiça de São José, recomendou que, diante da importância das duas figueiras, sejam colhidas dez mudas viáveis de cada árvore para que sejam mantidas em viveiro e que seja realizado o plantio de mudas de figueiras nativas nos locais onde as atuais serão retiradas.

Também recomendou o plantio compensatório de 90 mudas em locais próximos “para resgatar os serviços ecossistêmicos perdidos” – a Prefeitura ampliou e vai plantar 122 árvores –, além do plantio simbólico, em locais estratégicos, de pelo menos dois clones obtidos a partir das árvores que serão suprimidas.

Replantios e compensações ambientais já são práticas adotadas pela Prefeitura em casos de supressão de árvores.