São José sedia encontro para discutir a criação do Banco de Dados Nacional
10/06/2017
O  evento, promovido pelo Cemaden no Parque Tecnológico, contou com a participação de representantes de defesas civis de todo o país
O evento, promovido pelo Cemaden no Parque Tecnológico, contou com a participação de representantes de defesas civis de todo o país Foto: Beto Freitas/PMSJC

Secretaria de Proteção ao Cidadão

A Defesa Civil de São José dos Campos se reuniu com dezenas de pesquisadores nacionais e internacionais  da área de gestão de risco de desastres ao longo da semana para discutir as formas inovadoras para o monitoramento e a prevenção de acidentes em municípios brasileiros e cidades dos países da América do Sul.

O  evento, promovido pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) no Parque Tecnológico, contou com a participação de representantes de outras defesas civis e profissionais da área de gestão de risco e especialistas de sete países.

Juntos, eles discutiram em diversas plataformas (mesas-redondas, debates, palestras e exposição) sobre as novidades tecnológicas para a preservação do meio ambiente e na relação e processo de enfrentamento de crise ambiental.

O 1° Workshop Brasileiro para Avaliação de Ameaças, Vulnerabilidades, Exposição e Redução de Risco de Desastres serviu para discutir novas ações e  estratégias para a redução de risco, indicadores de áreas, ampliação da comunicação com as comunidades e a criação de um banco de dados unificado.

“O que aprendemos é a mudança de paradigma mudando o foco da ação na resposta ao desastre e investir na prevenção e preparação para a redução de riscos. É preciso o fortalecimento do diálogo junto a população para as soluções”, disseram os representantes da Defesa Civil de São José.

A pesquisadora do Cemaden, Viviana Muñoz, reforçou a importância da implementação de Banco de Dados Nacional, integrando todas as informações existentes e ampliando as ações em conjunto. “A metodologia utilizada deve ser robusta e que possa interagir com outras bases de dados, inclusive de outros países para fazer análises regionais. Como estudar o impacto e adaptação às mudanças climáticas, em se tratando de uma questão transnacional, sem dados compatíveis com outros países da região?”,  questionou.

Para o pesquisador Andrés Velásquez, do Observatório Sismológico del Sur Occidente, da Colômbia, o encontro do Cemaden dá a oportunidade tanto para o Brasil quanto à Colômbia em contribuir com dados e informações sobre riscos de desastres, em escala de níveis de impactos, desde os pequenos até os grandes.

“Temos uma metodologia que já dispõe de indicadores potenciais e poderemos disponibilizar ao Brasil, trabalhando em compartilhamento de dados entre todas as instituições. Espero que, até 2019, possamos chegar a formar uma boa Base de Dados”, ressaltou Velásquez.