Prefeitura promove o plantio de 82 mudas no centro da cidade
12/06/2017

Secretaria de Manutenção da Cidade

A Prefeitura de São José dos Campos inicia, nesta terça-feira (13), o plantio de 82 árvores em calçadas da região central como compensação pelas retiradas das figueiras das praças Dom Bosco e Cônego Lima. O trabalho será realizado pela Secretaria de Manutenção da Cidade.

Outras 40  mudas já foram plantadas no último dia 7 no Parque Ribeirão Vermelho, no bairro Urbanova (zona oeste).
Dentro do plano de compensação ambiental, também foram colhidos dez ramos de cada figueira para que sejam mantidos em viveiro para obtenção de mudas clonadas das árvores suprimidas, que serão plantadas futuramente nas praças de São José.

A Prefeitura vai plantar ainda, até o final do mês, uma figueira-branca nativa na praça Dom Bosco e outra na praça Cônego Lima. Este trabalho será precedido pela troca de terra dos locais de onde foram retiradas as figueiras, já que os mesmos estão contaminados por fungos. Replantios e compensações ambientais já são práticas adotadas pela Prefeitura em casos de supressão de árvores.

A figueira da praça Cônego Lima foi cortada no domingo (11), enquanto a da Dom Bosco foi retirada no último dia 4. Nos dois casos, havia necessidade de intervenção urgente com devido ao risco iminente de queda de galhos pelo estado precário e de envelhecimento das árvores.
 
Raiz

Também nesta terça-feira, será retirada da raiz da figueira da praça Cônego Lima. O serviço, conhecido como destoca, será realizado pela Secretaria de Manutenção da Cidade e terá duração de dois dias. Durante o trabalho, a praça será isolada, mas não haverá intervenções no tráfego da região. Se chover, o trabalho será reprogramado.
 
Laudos

A figueira da praça Cônego Lima que foi retirada neste domingo tem cerca de 150 anos e possui 20 metros. O corte teve que ser agilizado, já que o local possui grande fluxo de pessoas e carros e havia possibilidade de queda de galhos, colocando em risco a integridade física da população.

A árvore é tombada pelo Comphac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural), que deu autorização para o corte em reunião no dia 30 de maio

De acordo com a Assessoria de Arborização e Áreas Verdes da Prefeitura, a supressão está respaldada pela Lei de Arborização de São José (Lei Municipal 5.097/1997) e pelo Decreto Municipal 7.668, de 1992, sobre imunidade de corte. 

O laudo da Prefeitura atesta perda de 70% do tecido vegetal. Já o laudo do Instituto Florestal de São Paulo, de 18 de maio último, aponta risco de queda da figueira, já que foi constatado desequilíbrio devido à morte de galhos em apenas um dos lados.

Os laudos foram assinados após rigorosas visitas técnicas e determinaram a retirada da árvore. O diagnóstico é semelhante ao da figueira suprimida na Praça Dom Bosco: infestação por fungos, madeira podre, danos nas raízes e queda de folhas e galhos, problemas que inviabilizam a recuperação da árvore.

Em 24 de outubro do ano passado, já foi registrada a queda de um galho grande.

As outras duas figueiras da Praça Cônego Lima já foram retiradas pela Prefeitura em 2004 e 2009 após se esgotarem as possibilidades de recuperação.
 
Dom Bosco                                      
 
O laudo da Prefeitura para supressão da figueira da Praça Dom Bosco foi assinado em 18 de abril último e  corroborado por laudo do Instituto Florestal. A Prefeitura já realizou a retirada da raiz e nos próximos dias fará a troca da terra do local, que está contaminada por fungos. Também serão recolocados os bancos da praça, que fica em local de grande fluxo de pessoas, carros e ônibus.
 
Concordância

Os cortes das figueiras das praças Dom Bosco e Cônego Lima foram liberados pelo Ministério Público após vistoria realizada no dia 30 de maio por técnicos do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução) da Promotoria, que corroborou os laudos que determinaram a retirada das árvores devido ao estado precário e de envelhecimento que elas apresentam, oferecendo riscos à integridade física da população.

Larissa Albernaz, titular da 2ª Promotoria de Justiça de São José, recomendou que, diante da importância das duas figueiras, sejam colhidas dez mudas viáveis de cada árvore para que sejam mantidas em viveiro e que seja realizado o plantio de mudas de figueiras nativas nos locais onde as atuais serão retiradas.

Também recomendou o plantio compensatório de 90 mudas em locais próximos “para resgatar os serviços ecossistêmicos perdidos” – a Prefeitura ampliou e vai plantar 122 árvores –, além do plantio simbólico, em locais estratégicos, de pelo menos dois clones obtidos a partir das árvores que serão suprimidas.

As recomendações corroboram o trabalho de replantios e compensações ambientais já adotados pela Prefeitura em casos de supressão de árvores.