Pesquisa revela nova queda de larvas da dengue em São José
21/07/2017
Agente conversa com moradora
Os agentes visitam imóveis para orientar os moradores e recolher objetos que possam servir de criadouros do Aedes Aegypti Foto: Beto Freitas/PMSJC

Secretaria de Saúde

A terceira Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do ano, divulgado nesta sexta-feira (21) pela Prefeitura, aponta uma nova redução na infestação do mosquito Aedes aegypti na cidade. A pesquisa, concluída na semana passada, revelou uma taxa de 0,1, considerada baixa.

A primeira avaliação, em janeiro, apresentou um índice de 1,0 (estado de alerta), e a segunda, em maio, de 0,6 (satisfatória). O Ministério da Saúde considera aceitável até o índice de 1,0.

O índice larvário (Breteau) corresponde ao número de imóveis onde foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti, durante a avaliação. Considerando a média de toda a cidade, para cada 100 imóveis pesquisados, 0,1 continha larva positiva. 

As equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) visitaram 12.842 imóveis, de todas as regiões, no período de 3 a 17 de julho. Foram visitados 12.842 imóveis e encontrados 6.943 recipientes passíveis de serem criadouros. Destes, 2.414 (34,7%) estavam com água, porém de todos estes criadouros, somente 14 continham larvas (0,78% dos recipientes). Após analisadas à leitura microscópica, apenas 15 recipientes continhas larvas de Aedes aegypti.

Além do Índice Breteau de 0,1, a pesquisa apontou um IR (Índice de Recipientes) de 0,6, bem abaixo do limite do MS, que é de 1. Das 16 áreas existentes no município, 12 apresentaram IB igual a 0, e somente 4 áreas apresentaram índice positivo.

Entre elas estão alguns bairros da região leste (Primavera II, Santa Cecília II, Águas da Prata, Serrote e Santa Hermínia), que apresentaram taxa de 0,9. Outra área que apresentou índice superior a zero foram Jardim Esplanada e Jardim São Dimas, com índice de 0,8. Urbanova e Limoeiro apresentaram índice de 0,4 e o Galo Branco de 0,1. Em todas as demais áreas não foram encontradas larvas.

Segundo a Secretaria de Saúde, a avaliação larvária é importante porque, com base nos dados obtidos, são definidas as melhores formas de combate às doenças no próximo período. Por exemplo, pode-se redirecionar e intensificar algumas medidas ou alterar as estratégias de controle do mosquito adotadas pelo município.

Casos de dengue em declínio

A queda no número de larvas encontradas coincide com a drástica redução dos casos de dengue na cidade este ano, superior a 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Até este mês de julho, a cidade registrou 348 casos positivos da doença, contra 1.499 em 2016.

Desde o início do ano, a Prefeitura vem intensificando ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses (dengue, chikungunya e zika). Nos 13 arrastões realizados de fevereiro a abril, foram recolhidos 12 toneladas de materiais inservíveis (possíveis criadouros) e visitados cerca de 40 mil imóveis. A Prefeitura também preparou um extenso cronograma de capacitação e treinamento dos profissionais de saúde que atendem diretamente ao público.