A Prefeitura de São José dos Campos está finalizando os estudos para ampliar a assistência em saúde mental, com a implantação da Raps (Rede de Atenção Psicossocial). Serão colocados à disposição novos equipamentos e serviços para atendimento dos munícipes com transtorno mental, intelectual e usuários de álcool e drogas.

A proposta está sendo finalizada para apreciação do Comus (Conselho Municipal de Saúde) até o final deste mês. Em seguida, será aberto um edital de chamamento público para entidades que desejarem formalizar parceria com a Secretaria de Saúde nesta área. 

Após a definição da entidade parceira, o planejamento prevê início imediato das ações, mas de forma escalonada, para que não ocorram prejuízos aos pacientes. A efetivação das contratações e adequação dos processos de trabalho nas novas unidades terão supervisão técnica da Secretaria de Saúde.

A organização da rede é uma exigência conforme a legislação vigente. O projeto prevê o aumento de 4 para 9 no número de equipamentos especializados (Caps – Centro de Atenção Psicossocial) destinados à saúde mental. Para crianças e adolescentes, está prevista a implantação de mais duas unidades de Caps Infantil. Para adultos com transtornos mentais, serão abertas duas unidades de Caps III (acolhimento 24 horas). 

Para dependentes de álcool e drogas, serão duas unidades de Caps AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga) – hoje funciona 1 Caps AD II. E residências terapêuticas aumentarão de 11 para 16. Outra novidade é a destinação de 20 leitos de referência para internação no Hospital Municipal e 5 no Hospital de Clínicas Sul.

O Caps Infantil oferece atendimento para crianças e adolescentes de até 18 anos com transtornos mentais. A unidade conta com 6 psicólogos (218 h), 2 terapeutas ocupacionais (60 h), 1 enfermeira (30 h) e 1 fonoaudióloga (30 h). Os atendimentos médicos estão temporariamente ocorrendo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Saúde Mental.

O atendimento de dependência de álcool, crack e outras drogas é feito no Caps AD e Sama, sob livre demanda. Quando o paciente é acolhido no plantão, ele é inserido no tratamento conforme o Projeto Terapêutico Individual, construído em conjunto com o próprio paciente de forma que favoreça a adesão, podendo ser diário, semanal ou quinzenal, com a equipe multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e técnicos).

Em caso de surto, estes pacientes são atendidos na emergência, que atualmente funciona na UPA de Saúde Mental. A internação está indicada apenas em casos específicos. O tratamento deve ser contínuo e persistente, sempre favorecendo a reinserção social.