Integrantes da tradicional fanfarra da Fundhas ganham estúdio musical
01/09/2017
Ensaio da fanfarra
As aulas e os ensaios da fanfarra são realizados em um amplo espaço no estacionamento da unidade do Jardim Paulista Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Fundhas

Crianças e adolescentes da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza) – Unidade Jardim Paulista, na região leste de São José os Campos, acabam de ganhar um estúdio musical. Com isso, ficam ainda mais profissionais os ensaios da tradicional fanfarra, além dos alunos terem a oportunidade de tocar também outros instrumentos como teclado, violão, contrabaixo, bateria, bongô e guitarra.

A fanfarra, que existe desde a década de 90, conta com 79 integrantes na atual estrutura, sendo 41 meninos e 38 meninas, de 10 a 18 anos, que se dividem entre instrumentos de sopro, de percussão e corpo coreográfico.

As aulas musicais são teóricas e práticas, onde se estudam as partituras que são aplicadas aos instrumentos de sopro e percussão. Os jovens tocam trompete, trombone, lira, tuba, caixa, pratos, bumbo, sousafone, bombardino, corneta, cornetão, surdo e flugehorn.

No corpo coreográfico são desenvolvidas as coreografias baseadas no repertório musical da própria fanfarra. Os ensaios com acrobacias e ginásticas artística e rítmica são intensivos e minuciosos para que haja precisão nos movimentos e nas marcações necessárias.

As aulas e os ensaios da fanfarra são realizados em um amplo espaço no estacionamento da unidade da Fundhas. Toda sexta-feira acontece um ensaio geral com o objetivo de preparar as apresentações públicas, como por exemplo os desfiles cívicos. A fanfarra executa as músicas e o corpo coreográfico coloca em prática os movimentos em sincronia.

Os benefícios da musicalidade

Para participar da fanfarra, os jovens devem ter compromisso, qualidade musical, postura e comportamento exemplar. Com isso, a Fundhas reforça entre eles o resgate de valores morais e éticos, melhora a autoestima desviando-os do caminho das drogas, desperta a sensibilidade e o respeito por si e pelo próximo, mostra a importância do bom relacionamento humano e valoriza o trabalho em grupo. A fanfarra também é um importante mecanismo de inclusões educacional e social.

Organização que atrai o jovem

Por sua força musical e estrutura, a fanfarra sempre despertou a atenção dos jovens, como é o caso do estudante Davison Cordeiro, 16 anos, que é atendido pela Fundhas há dez anos e passou a integrar a banda neste ano, como percussionista. "Quando eu vi a fanfarra da Fundhas desfilando, fiquei encantado e me deu a vontade de participar do projeto”, disse.

Thainá Priscila Feitosa Barbosa, 14 anos, já está há seis anos na corporação tocando trombone de vara e bombardino. A participação na fanfarra desperta nela o desejo de, no futuro, fazer faculdade de música. “Aprendi a ler partitura na Fundhas e realmente adoro tocar, por isso quero seguir carreira nessa área”, afirmou.  

A trompetista Kimberly Kauane, 13 anos, garante que participar da fanfarra foi desafiador. “Eu me senti muito feliz quando aprendi a tocar o trompete. Hoje, me emociono toda vez em que desfilamos”.

Luiz Gustavo Araújo Borges, de 14 anos, é quem vem à frente da fanfarra, que traz o bumbo pendurado nos ombros, marcando a pulsação. “O desfile da fanfarra traz à tona uma grande empolgação. Ensaiamos e gostamos de mostrar isso quando nos apresentamos”, revelou.

Apresentações

Há uma semana, a fanfarra da Fundhas participou do aniversário do distrito de Eugênio de Melo e agora está na reta final das preparações para o desfile cívico de Sete de Setembro, quando se comemora a Independência do Brasil. Os ensaios estão intensificados, pois todos os integrantes entendem o tamanho da responsabilidade e fazem questão uma bela apresentação à população joseense.

Sobre a Fundhas

A Fundhas é uma instituição socioeducativa, mantida pela Prefeitura de São José dos Campos, que atende crianças e adolescentes com atividades diferenciadas (música, teatro, artes, atividades esportivas, fanfarra, dança, reforço escolar e cursos de iniciação profissional) no contraturno escolar, buscando o bem-estar social e proporcionando melhor qualidade de vida aos alunos atendidos.